"Eu achei que nunca mais ia achar minha mãe que eu ia ficar perdida na rua" relatou a menina de apenas 6 anos ainda assustada com o acontecimento.A criança mora com a família e estuda em uma escola estadual do bairro. A avó da menina, dona Rita de Cássia, contou que foi até o ponto por volta das 18h20 para buscar a neta e que três ônibus passaram, mas a menina não desceu de nenhum."Segundo a escola, Lavínia foi colocada no primeiro ônibus. Três ônibus passaram e eu fiquei procurando por ela. Quando vi que minha neta não desceu de nenhum, eu liguei desesperada para a escola", disse RitaCom o desespero, a avó foi até a escola para ter mais informações sobre a neta, mas ninguém soube informar onde estava a menina. Segundo ela, ao chegar na instituição a coordenadora começou a ligar para o ônibus, mas o motorista não soube informar.
À reportagem daTV Vitória/Record TV, a menina explicou o que aconteceu. "Eu sabia onde eu ia descer, mas eu fui no ônibus e eles param em uma calçada que eu nunca vi e tinha que atravessar para chegar lá", disse. O ponto em que a Lavínia foi deixada fica cerca de 10 minutos até a residência onde ela mora com a família. À reportagem, a família afirmou que, para uma criança de 6 anos, é um longo trajeto. A menina conseguiu chegar em casa com ajuda da mãe de uma amiguinha, que tem aproximadamente a mesma idade dela.
"A minha amiga que deu a ideia de eu ir lá na casa dela para chamar a mãe dela para pedir ajuda" contou Lavínia. Depois de quase uma hora de angústia e desespero, a notícia chegou até a avó que a neta estava em casa. A avó disse que foi por volta das 20h, a filha ligou e contou que a menina havia chegado em casa. Apesar da pouca idade, a criança contou com a boa memória para ajudar a mãe da coleguinha a encontrar a casa em que ela mora. A criança relatou que a mãe da amiga não sabia onde era a casa dela e, que quando chegou na rua, ela foi guiando a mãe da colega até em casa.
"A gente nem sabe quem é esta pessoa, porque hoje eu consigo entender que foi um anjo. Porque da mesma forma que foi essa mulher, poderia ter sido um estuprador ou uma pessoa que poderia causar danos para a minha neta" desabafou a avó da menina.Ainda muito assustada, a menina não quer voltar para a escola. A mãe dela conta que a vontade é matricular Lavínia em outra escola.
Em nota, a Superintendência Regional de Educação (SRE) lamentou o ocorrido, e afirmou que houve um equívoco pela empresa contratada. A SRE também informou que a escola fez um registro sobre o caso, registrou uma ocorrência e encaminhou para o setor jurídico da Secretaria de Estado da Educação (Sedu).
A SRE enfatizou que, de acordo com normas estabelecidas pelo Detran, todos os ônibus escolares com crianças menores de 9 anos devem ter monitores. A Sedu quando faz a contratação da empresa coloca essas normas e fica a empresa responsável pela contratação de motoristas e monitores.
*Com informações da repórter Alessandra Ximenes da TV Vitória/ Record TV
Fonte: (Redação Folha Vitória)