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Flamengo

Análise: único a jogar bola no Maracanã, Flamengo amassa o Palmeiras, e 2 a 0 fica barato

Mesmo com desfalque importante no primeiro tempo - Cebolinha saiu aos 23 minutos -, time de Tite tem ótima atuação coletiva e domina rival do início ao fim


Foto: Alexandre Durão

A arrancada de Ayrton Lucas e o chute de Everton Cebolinha na rede pelo lado de fora, aos 16 segundos de jogo, foram a senha para o que terminaria como um amasso do Flamengo em cima do Palmeiras na noite de quarta-feira, no Maracanã. O placar de 2 a 0 foi um lucro muito grande para os paulistas, que foram para o Rio unicamente com o objetivo de se defender e em ganhar tempo em tiros de meta e reposições, especialmente na figura de Weverton.

O amasso foi composto por 19 finalizações do Flamengo e apenas duas do Palmeiras. Os rubro-negros tiveram 57% de posse de bola e em nenhum momento foram ameaçados.

Gerson conduz a bola em Flamengo e Palmeiras — Foto: Alexandre Durão


O Flamengo começou em ritmo alucinante no Maracanã. Logo na saída de bola, Ayrton Lucas, que faria uma excelente etapa, arrancou e ligou em Cebolinha, que foi atrapalhado por um corte parcial de Giay e chutou na rede pelo lado de fora.

Os rubro-negros amassavam o retrancado Palmeiras e não deixavam de pisar no campo de ataque, liderados por uma atuação muito boa de Ayrton Lucas, que deixava marcadores para trás com facilidade.


Antes dos 20 minutos, o time já tinha levado perigo num chute cruzado de De la Cruz e em decisão equivocada de Pedro. Arrascaeta esticou, Cebolinha levou no fundo e De la Cruz cruzou na pequena área. Gerson estava de frente para a bola, mas Pedro se antecipou e tentou o gol de calcanhar.

Em 20 minutos, a estatística era a seguinte: sete finalizações do Flamengo e apenas uma do Palmeiras, além de 67% de posse de bola dos rubro-negros.

O problema é que, aos 23, Everton Cebolinha, que não vem conseguindo emplacar sequências de jogos, sentiu um problema muscular no músculo posterior da coxa direita e teve que sair.

O time sentiu e muito. Luiz Araújo, que rende muito bem pela direita, não conseguia fazer o mesmo por ali. Ayrton, que ganhava amplitude com os espaços abertos por Cebolinha, perdia liberdade também.

Depois da saída de Cebolinha, o Flamengo só levou perigo numa bola em que Arrascaeta, próximo à pequena área, deveria ter finalizado e não buscado o passe para Pedro.

Apesar da queda no ímpeto, o Flamengo foi para o intervalo com 69% de posse de bola e um placar de 9 a 1 no quesito finalizações.

Luiz Araújo cresce, e craques resolvem

A falta de cacoete de Luiz Araújo para jogar pelo lado esquerdo sumiu na etapa final. Erick Pulgar e De la Cruz, que já faziam um bom primeiro tempo, cresceram ainda mais e entraram definitivamente no jogo.

Num primeiro momento, quase fez um golaço de prima após linda jogada individual de Varela, que teve também um grande atuação. Depois, deixou a fome de chute de lado e rolou na direita para Arrascaeta obrigar Weverton a grande defesa - após corta-luz de Pedro.

A enorme pressão do Flamengo foi suportada pelo Palmeiras até os 11 minutos, quando levou um golaço. Pulgar fez belo lançamento, e Gerson fez jus ao grande momento que vive. Parou a bola, esperou a passagem de Luiz Araújo e esticou no timing certo. Luiz cruzou na medida, e Pedro empurrou, fazendo seu 29º gol em partidas oficiais no ano - 31 no total, com dois em amistosos.

Pedro "engraxa" a chuteira de Luiz Araújo após gol na partida Flamengo e Palmeiras — Foto: Alexandre Durão

Luiz ainda esteve perto do terceiro gol num lance em que ele próprio roubou a bola de Giay. Na origem dessa jogada, Pedro deu um brilho especial ao jogo ao fazer dois domínios em que deixou a bola escorrer entre o ombro e o peito. Os lances deixaram em êxtase o Maracanã.

Já nos acréscimos, Wesley poderia ter tornado o placar ainda mais elástico no fim ao receber um primoroso passe de Arrascaeta, mas tomou a decisão errada ao cruzar para Gabigol. Se ele chuta, a chance do terceiro gol seria muito maior. Mas não teve rubro-negro insatisfeito no Maracanã.

O amasso no Maracanã ficou barato no placar, mas encheu a barriga dos mais de 64 mil presentes. O Flamengo jogou como Flamengo e venceu com autoridade seu principal adversário nos últimos anos. Não deu chances, mostrou que é melhor em campo e em termos de elenco. Diferentemente de um rival que mais se preocupou em se defender e fazer cera, especialmente na figura de Weverton, os rubro-negros não tiveram tempo a perder. Começaram a construir sua vitória no apito inicial e cumpriram o planejado.

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