Cinco pessoas, incluindo trĂȘs servidores das PolĂcias Civil, Penal e CientĂfica do EspĂrito Santo, foram denunciadas pelo Ministério PĂșblico do Estado do EspĂrito Santo (MPES), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO-Central) e da Promotoria de Justiça Criminal de São Mateus, por envolvimento em crimes de corrupção para favorecimento de uma organização criminosa.
A ação penal é um dos desdobramentos da "Operação Mosaico", deflagrada pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO/ES), que reĂșne forças de segurança do Estado. A investigação apura uma organização criminosa envolvida na compra de entorpecentes por indivĂduos capixabas e suas interpostas pessoas.
De acordo com os autos, os réus são denunciados pelos crimes de falsificação de documentos, fraude nos mandados de busca e apreensão e benefĂcios para detentos em unidades prisionais. Os trĂȘs servidores denunciados teriam recebido vantagens indevidas, em razão dos cargos que ocupavam, para favorecer a organização criminosa gerenciada por outro denunciado, um empresĂĄrio. Além deles, outro indivĂduo também foi denunciado por intermediar as negociações entre o gestor do esquema e os servidores.
Diante dos fatos, o MPES requer a condenação dos cinco réus, além da perda dos cargos pĂșblicos no caso dos servidores denunciados e o pagamento de indenização a tĂtulo de dano moral. A denĂșncia foi aceita pelo TJES e dois dos denunciados jĂĄ foram afastados de suas funções.
A "Operação Mosaico" tem o objetivo de desarticular uma organização criminosa que atua em vĂĄrios Estados do paĂs. Ao todo, sete denĂșncias foram oferecidas até o momento pelo GAECO-Central referentes aos fatos apurados nesta operação.
As denĂșncias tratam de crimes de falsificação de documentos, violação de sigilo funcional, trĂĄfico de influĂȘncia, trĂĄfico de armas, associação para o trĂĄfico, corrupção, lavagem de dinheiro para compra dos entorpecentes, entre outros. Dessas sete denĂșncias, cinco jĂĄ foram recebidas pela Justiça e duas estão em tramitação.
A operação é coordenada pela FICCO/ES, e o MPES tem apoiado as investigações, por meio do GAECO, no combate ao esquema criminoso.
ES Hoje