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Polícia investiga professor da USP suspeito de assediar 16 alunas

José Maurício Rosolen é alvo de processo administrativo e foi afastado da universidade

Por Regional ES

17/03/2025 às 08:00:45 - Atualizado há
Professor José Maurício Rosolen, do Departamento de Química da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP/Ribeirão Preto. Foto: Reprodução/FFCLRP

A Polícia Civil abriu um inquérito para investigar as denúncias de assédio sexual e moral contra o professor da USP José Maurício Rosolen. O docente faz parte do Departamento de Química da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto.

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Rosolen era alvo de averiguação preliminar desde setembro de 2024. Na semana passada, a USP instaurou um processo administrativo disciplinar contra o docente e ele foi afastado por 180 dias. O Estadão entrou em contato com o docente e aguarda retorno.

Segundo o regimento interno da universidade, o processo administrativo tem prazo de 90 dias para ser concluído. Ele parte da audição das denunciantes e do exame das provas da acusação e, em seguida, a análise da defesa.

De acordo com denúncias, havia "um acordo tácito" entre os alunos para que nenhuma mulher fosse deixada sozinha com o professor tanto na sala de aula, quanto no laboratório. Ele se aproximava das alunas, tentando estabelecer alguma conexão, fazendo convites, oferecendo viagens e passeios.

O assédio, apontam os relatos, escalava para tentativas de beijos forçados e toques em suas partes íntimas. Quando não havia reciprocidade, ele supostamente retaliava com ameaças de cortes de bolsas de estudo.

Caso na Faculdade de Direito

No início do mês, a Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) instaurou um processo administrativo disciplinar contra o professor Alysson Leandro Barbate Mascaro. O docente é suspeito de assediar dez alunos. A medida ocorreu após o término dos trabalhos da apuração preliminar das denúncias. O professor foi afastado em dezembro e, segundo a Instituição, permanecerá fora dos quadros da Universidade por mais 120 dias. Mascaro nega as acusações.

A Comissão que investiga o caso terá o prazo de 90 dias (prorrogáveis, se necessário) para conclusão dos trabalhos, contados a partir da citação. A depender das conclusões, o professor poderá ser exonerado.

O primeiro afastamento cautelar foi publicado em portaria em dezembro de 2024 e solicitado pelo Presidente da apuração preliminar. No documento, o diretor afirmava que havia "fortes indícios de materialidade dos fatos e que estes envolvem possível enquadramento típico de assédio sexual vertical".

Fonte: Folha Vitória
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