Três pessoas foram presas e mais de 236 quilos de drogas foram apreendidos durante uma operação que ocorreu entre os dias 15 e 30 de março em todo o Espírito Santo. Além das prisões em flagrante e cumprimento de mandado de prisão, remédios de uso controlado também foram apreendidos, segundo a Polícia Civil (PCES).
De acordo com o chefe do Departamento Especializado em Narcóticos (Denarc), delegado Tarcisio Otoni, a ação faz parte da Operação Nacional Nárke III, coordenada pela Diretoria de Operações de Inteligência (Diopi) da Secretaria de Segurança Pública (Senasp) do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).
A Polícia Civil destacou que durante a ação foram cumpridos 18 mandados de busca e apreensão, além da detenção de três suspeitos e apreensão de 230kg de maconha, 4kg de crack, 2,4 kg de cocaína e vasto material utilizado para o embalo de drogas.
Segundo o delegado, a droga encontrada em vigas metálicas estava em um galpão que foi alugado pelos criminosos. "Quando realizamos a apreensão, era noite e nenhum suspeito foi localizado. Esse galpão é alugado pelo proprietário para vários fins. Desta vez, os suspeitos usaram para esconder entorpecentes, mas as investigações vão continuar para identificação e localização dos envolvidos".
Tarcisio Otoni conta que a primeira prisão foi de um suspeito de 40 anos, no bairro Planalto, em Vila Velha. Com ele a polícia encontrou 7 quilos de maconha, além de 2,5 kg de cocaína. O homem foi preso em flagrante e já possui passagem por tráfico de drogas e roubo.
O delegado frisou que o número de apreensão do crack pode parecer pequeno, mas a droga é multiplicada quando vai para às ruas. "Um quilo de crack equivale a quatro mil pedras quando revertemos para a venda a varejo. A apreensão de quatro quilos dessa droga representa 16 mil pedras retiradas das ruas", afirmou.
Já a última prisão não se trata de flagrante, mas de cumprimento de mandado de prisão por homicídio a um suspeito de 31 anos. "O crime aconteceu em Anchieta e está sob sigilo. O cumprimento do mandado aconteceu no bairro Parque das Gaivotas, na Serra", relatou o delegado.
O chefe do Denarc completou ainda que, além das drogas, a polícia apreendeu pelo menos 14 caixas de remédio tarja preta – controlados – e vendidos somente com prescrição médica e em farmácias.
"Essa apreensão aconteceu no bairro Redenção, em Vitória. O suspeito, um homem de 39 anos fazia a venda ilegal desses produtos pela internet. Os medicamentos encontrados tratam-se de zolpidem, clonazepam, entre outros", disse.
Tarcisio Otoni reforça que, este ano, a equipe focou também na venda ilegal dos medicamentos, além dos entorpecentes. "Nosso departamento recebeu as informações e trabalhamos em cima disso por 60 dias até conseguirmos um mandado judicial de busca e apreensão. Esse tempo é necessário para identificar as pessoas, coletar materialidade do crime e fazer apreensão dos medicamentos".
O delegado esclareceu ainda que o crime não tem relação com o tráfico de drogas, mas tem atribuição do narcótico. "O uso desses medicamentos feito de forma incorreta e sem receita e acompanhamento médico, causa tantos danos quanto drogas", comentou.
Ainda de acordo com o delegado, os remédios estavam em posse de um homem de 39 anos. "As investigações continuam e ele pode pegar de 10 a 15 anos de prisão", finalizou.