De acordo com a Polícia Civil, o que chamou atenção no espaço foi o quão insalubre era o local
A Polícia Civil e a Prefeitura de Vila Velha fecharam um abatedouro clandestino no bairro Dom João Batista, no município, nesta quarta-feira (7). No local, foram apreendidos cerca de 4 toneladas de carne e linguiça suínas.
No local, próxima a uma mesa de madeira, estava uma banheira, onde segundo os policiais, os animais eram abatidos. Tudo era feito de forma totalmente improvisada. Os produtos apreendidos já estavam prontos para o transporte.
Na terça-feira (6), a polícia já havia flagrado o dono do abatedouro enquanto transportava porcos vivos para o local, o que motivou a operação desta quarta-feira.
Durante a data de hoje nós fomos até o local para fiscalizar, chegando lá nos deparamos com o proprietário do local saindo com uma caminhonete. Na caçamba havia várias caixas acondicionando sem qualquer condição sanitária a carne de porco. Cheio de moscas, disse Eduardo Passamani, titular da Delegacia de Defesa do Consumidor (Decon).
A regulamentação brasileira proíbe que animais sejam abatidos no ambiente urbano, o que já torna a atividade do abatedouro ilegal.
Segundo Celso Christo, diretor de Bem-Estar Animal de Vila Velha, além do procedimento impróprio, há evidências de que os animais passavam por maus-tratos antes do abate.
Segundo ele, a carne comercializada pelo estabelecimento clandestino, coloca em risco a saúde de pessoas que chegaram a consumir o alimento.
Esse abate clandestino, da forma que foi feita, com todas as questões sanitárias, nós colocamos que é de alto risco para a população. O que mais impressiona para a gente é que o proprietário da empresa disse que fornece para todas as feiras, então a possibilidade de prejuízo é imensa, afirmou.
À Polícia Civil, o dono do local afirmou que revendia a carne para feirantes de todas as regiões do município. Inclusive, com ele foi encontrada uma caderneta que dava conta de vendas desde dezembro do ano passado.
O proprietário responderá por crimes contra o consumidor e saúde pública. Feirantes que compraram produtos do abatedouro clandestino também poderão responder criminalmente.