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Conilon na Bolsa de Valores: negócios aumentam e resultados já começam a aparecer

O Contrato Futuro de Conilon começou a ser negociado pela Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, em setembro do ano passado. A safra atual será a primeira com a nova ferramenta financeira em vigor

Por Regional ES

11/06/2025 às 06:42:01 - Atualizado há
Galpão com sacas de café conilon em Linhares, Norte do ES. Crédito: Abdo Filho

O Contrato Futuro de Conilon começou a ser negociado pela Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, em setembro do ano passado. A safra atual será, portanto, a primeira com a nova ferramenta financeira em vigor, por isso, as expectativas são boas. Os corretores afirmam que, aos poucos, os produtores estão conhecendo os benefícios da operação e, assim, o negócio começa a ganhar tração.

O contrato que está tendo a maior negociação é o atual, com vencimento em julho. Já foram negociadas 26 mil sacas e há uma grande expectativa para o contrato de setembro, quando a colheita terá sido concluída. A estimativa é de que sejam negociadas pelo menos 100 mil sacas no contrato de setembro.

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"Aos poucos os participantes do mercado estão negociando, testando os contratos e circulando cada vez mais no ambiente de bolsa. Não me surpreenderia se chegássemos a 1 milhão de sacas entre 2027 e 2028", assinalou Thomas Giuberti, sócio da Golden Investimentos, de Vitória, assessoria parceira da XP. Giuberti, que é de uma família de Linhares com longa tradição no café, é um dos maiores operadores de contratos de conilon do país.

"Eu vejo uma oportunidade enorme para o Espírito Santo, que é responsável pela produção de 70% do conilon brasileiro. É o principal produto do nosso agronegócio. Estamos falando de uma operação que paga mais pelo café do que o mercado comum, chamado de mercado balcão, que dá liquidez ao mercado, que padroniza, que exige qualidade, que dá um carimbo de solidez à cadeia e que dá previsibilidade.

Tudo isso com uma logística simples, hoje temos armazéns certificados pela B3 no Norte e Noroeste do Espírito Santo e também no Sul da Bahia. É importante que o produtor e a cadeia como um todo conheça, para ter segurança e para dar movimento aos contratos. Isso precisa ser tratado como um patrimônio do Espírito Santo".

O contrato de arábica, um dos mais antigos da Bolsa de Valores de São Paulo, movimenta, na média, R$ 90 milhões por dia. O de conilon está movimentando algo perto de R$ 1 milhão.

O contrato conilon/robusta tem a possibilidade de entrega física, com lotes depositados em armazéns credenciados pela B3. O produto é negociado cru, em grãos, em contratos que equivalem a 100 sacas de 60kg e com vencimento nos meses de janeiro, março, maio, julho, setembro e novembro.

Fonte: A Gazeta
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