A invasão de formigas tem assustado os moradores de Brasília. Na Asa Sul, há registros de formigueiros dentro de esgotos, em lixeiras e nas calçadas. Na Asa Norte, os insetos também estão espalhados nas áreas verdes de diversas quadras (veja vídeo acima).
A Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) admite um aumento na quantidade de insetos e diz que o departamento de Parques e Jardins "trabalha diariamente no controle de formigueiros". A companhia informou que prepara um edital de licitação para conseguir atender a demanda no Distrito Federal, "que é grande", nesta terça-feira (3), as equipes trabalharam para eliminar formigueiros na Asa Sul, no Sudoeste, na Octogonal e no Cruzeiro.
"A gente tem mais de 1,5 mil espécies de formigas no Brasil e, pra avaliar um formigueiro, a gente precisa avaliar quem é a dona do formigueiro, aquela rainha. Então esse material precisaria vir até nós junto com outros especialistas pra gente identificar as espécies", diz o entomólogo.
Segundo Lira, as formigas tem muito mais "importâncias do que desimportâncias". Ele lembra que os insetos trabalham na aeração do solo, na ciclagem de nutrientes, na dispersão de sementes e também no controle de algumas pragas.
Em Brasília, muitos moradores se queixam das picadas – nos humanos e também nos animais, principalmente os cães que são levados pelos tutores que moram nos apartamentos do Plano Piloto para passear nas áreas verdes.
A estudante Yasmin Paes é uma das que já foram mordidas enquanto caminhava. "Nossa, dá um ardido assim, muito ruim", diz ela.
O biólogo Luiz Lira aponta que algumas espécies de formigas podem causar desconforto porque têm mandíbulas muito fortes, que podem provocar cortes e pequenos sangramentos. Outras, lembra ele, possuem ferrão.
Mas, conforme o especialista em insetos, "a não ser que a pessoa seja muito alérgica, a indicação é lavar o machucado com água corrente e sabão". Diferentemente das abelhas, as formigas não deixam ferrão na pele das suas vítimas.
No entanto, se algum processo alérgico for percebido, o biólogo alerta que é importante procurar por ajuda médica.
G1