O Ministério Público do Espírito Santo (MPES) apresentou uma denúncia contra Gustavo Cardoso dos Santos, de 20 anos. Ele é apontado pela polícia como autor do disparo contra o professor Erick Alves Jatobá. O crime aconteceu em abril na frente de uma escola do bairro Araçá, em Linhares, Norte do Espírito Santo.
O juiz Tiago Fávaro Camata, da 1ª Vara Criminal de Linhares, atendeu um dos pedidos do MPES e decretou a prisão preventiva do homem. O suspeito já estava preso na Penitenciária Regional do município onde ocorreu o crime.
O Ministério Público pediu que o homem seja submetido à júri popular. Ele foi denunciado por tentativa de homicídio triplamente qualificado (por motivo torpe, impossibilidade de defesa da vítima e perigo comum), crime hediondo, associação criminosa, com circunstância agravante (durante a pandemia de covid-19) e porte ilegal de arma de fogo. Além disso, o órgão também denunciou o suspeito por corrupção de menores.
Relembre o crime: professor foi baleado na frente de escola em Linhares
O professor de matemática Erick Alves Jatobá foi baleado em frente à Escola José da Caldas Brito, no bairro Araçá. O crime aconteceu no dia 20 de abril e foi registrado por câmeras de segurança.
Nas imagens, o denunciado e um adolescente de 17 anos aparecem esperando pela vítima. Erick saiu da escola em direção ao carro e parou para cumprimentar o suspeito.
Além do homem e do adolescente que aparecem nas imagens, um outro adolescente de 17 anos também teria participado do crime. Os três foram identificados, localizados e encaminhados à delegacia.
Homem apontado como autor dos disparos confessou o crime
Durante depoimento à polícia, o homem apontado como autor dos disparos confessou o crime. Gustavo contou que cometeu o crime por ciúmes da namorada.
Ao jornalismo da Rede Vitória, o delegado de Linhares Tiago Cavalcanti disse que a polícia chegou a pensar em outra hipótese para a motivação do crime.
"Chegamos a pensar que poderia ter sido outro motivo. Chegamos a pesquisar se ele já foi ex-aluno, se já teve outro ex-aluno que tivesse envolvimento. Mas o próprio autor confirma que foi ciúme. No vídeo que registrou o crime, eles se cumprimentam. Ele contou que foi só para confirmar se era ele mesmo. Ele nem conhecia o Erick", afirmou o delegado.
Para o Ministério Público isso justifica a motivação torpe para o crime. O MPES considera que a tentativa de homicídio trouxe perigo para as pessoas que estavam nas imediações que poderiam ter sido atingidas pelos disparos.
Redação Folha Vitória