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Renda média do trabalhador é de R$ 2,4 mil em Goiás, diz IBGE


Estado está em estabilidade, em comparação às ultimas análises, segundo Instituto. Apesar disso, valor recebido pelos goianos ficou atrás da média nacional, que é de R$ 2,5 mil. Cidade de Goiânia, Goiás

Divulgação/Prefeitura de Goiânia
A renda média do trabalhador foi calculada em R$ 2,4 mil em Goiás, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A estimativa do valor recebido pelos goianos ficou atrás da média nacional, que é de R$ 2,5 mil. Uma operadora de caixa, que recebe esta quantia, contou ao g1 que acredita que o dinheiro não é suficiente para uma mãe de família.

O Rendimento Médio Real Habitual de Todos os Trabalhos, em Goiás, foi divulgado pelo IBGE na sexta-feira (13), na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua). Os números são referentes ao 1º trimestre de 2022. O cálculo demonstrou que o estado está em estabilidade, em comparação às ultimas análises.

A pesquisa estimou que o rendimento médio dos trabalhadores goianos foi de exatamente R$ 2.477. No país, o valor ficou em R$ 2.548, no mesmo período. O IBGE explicou que essa média engloba todas as rendas das pessoas, seja salário, aposentadoria, ganhos de pessoas que trabalham por contra própria ou outros.

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Divulgação

De acordo com o IBGE, esse valor representa uma estabilidade em Goiás em relação ao quarto trimestre, que ficou em R$ 2.466, e em relação ao primeiro trimestre de 2021, que foi de R$ 2.538. Ainda segundo o Instituto, o rendimento médio no estado já foi de R$ 2.625 no primeiro trimestre de 2019.

O estudo ainda avaliou que a taxa de desocupação em Goiás ficou em 8,9%. Segundo o Instituto, após o numero ter três quedas seguidas no ano passado, isso significa que o valor ficou estabilizado. Além disso, o IBGE calculou que Goiás tem, atualmente, 343 mil pessoas desocupadas, o que também significa uma margem de estabilidade.

Já a taxa de pessoas que atuam de forma informal se manteve estável em 39,8%. Anteriormente, o número estava em 41,0%, no quarto trimestre de 2021. Apesar da queda, o IBGE também avalia que o índice ficou estável.

Realidade

A operadora de caixa Lourraynne Rodrigues, de 26 anos, trabalha de carteira assinada e recebe cerca de R$ 2,4 mil. Ela conta que mora com os pais em uma casa no Setor Goiânia Viva e, atualmente, contribui com as despesas de casa pagando a água e o aluguel. A residência onde a família vive é própria.

"Nós somos quatro pessoas na casa onde moramos. A nossa despesa com água fica em torno de R$ 230 e a despesa com energia, que era de cerca de R$ 210, aumentou recentemente para R$ 250. O restante das despesas, como gás, alimentação e outras, ficam para o meu pai", contou.

Para Lourraynne, ela acredita que o salário que recebe é suficiente para se manter. No entanto, ela acredita que se tivesse filhos, o valor seria insuficiente.

"Para mim, que gasto só com água e energia, eu acho que é suficiente. Acredito que se eu morasse sozinha, pagando aluguel, internet, eu ainda daria conta, mas se eu tivesse filhos seria difícil. Eu acho que esse valor não é suficiente para uma mãe de família", disse.

Operadora de caixa Lourraynne Rodrigues, em Goiânia, Goiás

Arquivo pessoal/Lourraynne Rodrigues

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