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Tóquio

Conheça a capixaba que superou câncer e conquistou medalha paralímpica em Tóquio

Luiza Fiorese, natural de Venda Nova do Imigrante, teve câncer na perna e, com muita determinação, se reinventou na carreira esportiva


Foto: Vinícius Brandão | Jornalismo UVV

A adolescência é uma fase na vida de qualquer pessoa de transformações e aprendizado. No caso da capixaba de Venda Nova do Imigrante, Luiza Fiorese, foi um momento de enfrentar um desafio que mudaria completamente sua vida. Aos 15 anos, a menina que sonhava seguir carreira profissional no Handebol, foi diagnosticada com osteossarcoma, um tipo de tumor ósseo maligno, em uma das pernas.

Luiza passou por várias cirurgias e no final do processo teve que retirar o osso da perna e colocar uma prótese. O membro da jovem não dobrava mais e ela teve que abandonar a carreira no esporte que praticava desde os 10 anos e o desejo de se tornar uma atleta de elite.

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Quando foi diagnosticada, Luiza recebeu mensagens de apoio nas redes sociais de diversas pessoas, entre elas famosas, como foi o caso da cantora Cláudia Leitte. "Todo tipo de energia positiva é bem-vinda e quando vem de pessoas reconhecidas isso aumenta porque além da própria pessoa vem os fãs", completou.

Luiza se tornou próxima da cantora e se considera uma "bolha", como são conhecidos os fãs de Claudia Leitte. Essa proximidade a levou a ser convidada anos depois, já curada, para uma homenagem à cantora em um programa de TV, o que sem saber significaria uma nova etapa em sua vida.

"Uma menina do vôlei sentado estava assistindo ao programa e viu a cicatriz na minha perna. Ela conheceu minha história e entrou em contato. Eu não conhecia nada sobre o paradesporto", explicou.


Com muito esforço e dedicação transformou o que parecia sofrimento em motivo de superação. Ela foi morar em Goiânia para ficar mais tempo dedicada ao esporte e treinar integralmente com a Seleção Brasileira.

"Eu me redescobrir dentro do esporte paralímpico, eu senti ser aquilo que queria fazer. Tudo aconteceu na minha vida para chegar naquele momento e eu viver grandes sonhos", afirmou Luiza.
"Disputar a paraolimpíada é o auge para qualquer atleta PCD. Uma medalha? Confesso que a ficha demorou a cair", completou


Hoje, aos 25 anos, morando e treinando com a Seleção em Curitiba, Luiza Fiorese, prepara-se para a disputa do mundial da categoria em novembro deste ano, na Bósnia. Enquanto isso, ela se tornou madrinha de um projeto de prevenção contra o câncer de mama, o "Você é Única".

"Você é Única"

Foto: Gabriela Vasconcelos / Folha Vitória


A proposta do evento, segundo Paigel, visou a interação entre as mulheres que venceram e lutam contra o câncer e formadores de opinião, elevando assim a autoestima das participantes. Nessa linha, a atleta acredita que cada mulher lida da sua forma e deve ter direito de escolher como quer ser vista.


"Eu escolhi ser exemplo e quis mostrar que não é um diagnóstico que vai dizer o que vamos ser. Isso cabe a nós. Por isso é tão importante mostrar as outras pacientes por meio desta campanha que estamos sempre juntas. Que apesar de difícil, é um momento de reencontro com nós mesmas. Que podemos ser o que quisermos", reforçou Fiorese.

*Texto de Vinicius Brandão, aluno de Jornalismo da 1ª Residência da Rede Vitória, sob supervisão de Daniella Zanotti

Folha Vitória

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