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Problemas de abastecimento

Bloqueios provocam falta de combustíveis em Santa Catarina e em Campinas


Bloqueio de estradas causa falta de combustíveis em regiões do Brasil

Problemas de abastecimento de combustíveis se agravam nas regiões onde ainda há bloqueios de estradas por manifestações golpistas. Em Santa Catarina, cerca de 70% dos postos estão sem produtos, segundo o sindicato local dos revendedores.

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O estado concentra a maior parte das interdições de rodovias no país, de acordo com dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Nas redes sociais, muitos relatos de postos fechados, inclusive na capital Florianópolis.

O Sindipetro-SC diz que duas bases de abastecimento no estado foram reabertas e, por isso, espera que o fornecimento comece a ser retomado ainda nesta quarta-feira (2).

Na região de Campinas, o sindicato local estima que cerca de 80% dos postos estejam sem produtos, principalmente gasolina e etanol. A região é abastecida pela Refinaria de Paulínia, a maior do país, que estava isolada por bloqueios na Rodovia Anhanguera.

O governo de São Paulo enviou a Tropa de Choque para desbloquear estradas e a expectativa é que o abastecimento seja retomado. "Se [a crise] persistir, amanhã vai ser o caos", diz o presidente do sindicato, Emílio Martins.

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A situação local levou a Prefeitura de Limeira a decretar estado de emergência e determinar que postos reservem 5% de seus estoques para o abastecimento da frota de serviços essenciais do município, como viaturas da polícia e ambulâncias.

Martins ressalta que a normalização do abastecimento levará ao menos uma semana, já que a demanda será grande e a logística foi desestruturada pelos bloqueios.

Não há, por exemplo, biodiesel para compor a mistura mínima de 10% no diesel vendido aos postos. As grandes distribuidoras de combustíveis já haviam alertado para o problema e querem flexibilização da mistura.


A Fecombustíveis, federação que representa os postos, também vai pedir a flexibilização à Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP).

A liberação dos acessos à Refinaria de Paulínia pode aliviar também os aeroportos, que dependem de entrega de querosene de aviação (QAV). Representante de uma distribuidora disse à Folha que caminhões com o produto já começaram a deixar a refinaria.

Tribuna Online

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