Um homem, de 30 anos, foi preso nesse sábado (19), investigado por estupro de vulnerável, tortura e cárcere privado, cometido contra sua enteada de 9 anos, no município. A prisão ocorreu na zona rural de Barra de São Francisco em cumprimento de mandado de prisão e contou com apoio do serviço reservado da Polícia Militar (PMES).
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Segundo o chefe da 14ª Delegacia Regional, delegado Leonardo Forattini, o caso chegou ao conhecimento da Polícia Civil por meio do Conselho Tutelar, no dia último dia 11. A criança ficou internada no Hospital por uma semana, por ter passado sete dias sem comida e água.
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"A criança foi internada no Hospital no dia 11 deste mês, e chegou ao local desidratada, desnutrida, com pneumonia, cistite e faringoamigdalite. Ela estava muito desnutrida, pois ficou privada de água e comida por vários dias. Nós instauramos inquérito no mesmo dia e procedemos à oitiva da avó. Havia também suspeita de que a criança estava sendo vítima de abuso sexual", contou o delegado.
"Nesse mesmo dia nós a levamos ao Serviço Médico Legal (SML) de Colatina, onde ficou constatada a violência sexual, além do intenso sofrimento, físico e mental, a que foi submetida. Em razão da gravidade do fato, o médico enviou o laudo no mesmo dia, por volta das 23h. No dia seguinte, nesse sábado (19), representamos pela prisão preventiva do padrasto. O juízo de plantão decretou a prisão no início da tarde e minutos depois nós prendemos o padrasto, dentro da casa dele", relatou Forattini.
O suspeito foi detido, sem oferecer resistência, e encaminhado à Delegacia Regional de Barra de São Francisco, onde prestou depoimento e negou os crimes. Ele foi encaminhado ao presídio, onde permanece à disposição da Justiça.
As investigações continuam. "Vamos colher outros elementos para apurar melhor a conduta da mãe. Não sabemos exatamente por quanto tempo esses abusos vinham acontecendo. A vítima pouco falou, e apenas para as conselheiras. A menina está traumatizada como nunca vi antes. Vamos pedir o depoimento especial dela, que é feito por psicólogo do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES)", disse o chefe da 14ª DR.
"Todas as pessoas do convívio da criança e do adolescente são responsáveis pela sua segurança e podem fazer denúncias caso constatem a violação de seus direitos. Agora este homem foi retirado do convívio da vítima e responsabilizado por seus atos hediondos. Orientamos que qualquer pessoa que tenha conhecimento de crimes como este acione o Conselho Tutelar ou traga o caso até o conhecimento da Polícia Civil, que adotará as providências necessárias", orientou o delegado Leonardo Forattini.
Folha Vitória