Desde o início deste ano, o Espírito Santo já registrou nove casos de febre maculosa. A doença voltou a preocupar as autoridades de saúde após três mortes, causadas pela doença, serem confirmadas em São Paulo. Em terras capixabas, sete cidades já registraram casos da mesma doença, mas sem mortes.
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Em 2023, segundo informações da Secretaria de Saúde do Espírito Santo (Sesa), todos os casos registrados até agora foram curados e não houve morte.
Cenário diferente do registrado em 2022, quando 25 casos foram confirmados, sendo 14 curas e 11 mortes.
Cidades capixabas que registraram casos em 2023:
Afonso Cláudio (01)
Barra de São Francisco (02)
Colatina (01)
Mimoso do Sul (02)
Nova Venécia (01)
Laranja da Terra (01)
Domingos Martins (01)
Com o intuito de disseminar mais informações e conhecimento a respeito da doença, a Secretaria de Saúde, com apoio das superintendências de Saúde e dos municípios capixabas, tem emitido nota técnica com orientações para conduta clínica dos casos e alerta aos profissionais da Saúde para suspeita da doença.
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Além disso, a Sesa também promove capacitações aos profissionais médicos, enfermeiros e agentes de saúde, realiza visitas aos locais para acompanhamento in loco e promove um trabalho de educação de saúde orientada pela própria secretaria e promovida pelos municípios.
A Sesa também acrescentou que há novas capacitações programadas a fim de atualizar os processos e alcançar novos profissionais.
O que é a febre maculosa?
A doença também pode se apresentar desde as formas clínicas leves e atípicas até formas graves, com alto grau de letalidade.
No Brasil, duas espécies de bactérias estão associadas à febre maculosa:
Rickettsia rickettsii
Rickettsia parkeri
A bactéria Rickettsia rickettsii provoca a chamada febre maculosa brasileira (FMB), que o Ministério da Saúde considera como uma doença grave. Ela já foi detectada no Norte do Paraná e em estados da região Sudeste.
Ambas as doenças são transmitidas por carrapatos do gênero Amblyomma, mais especificamente o carrapato-estrela.
Além da febre, como o próprio nome indica, os sintomas incluem:
Dor de cabeça intensa
Enjoo
Vômito
Diarreia
Dor abdominal
Dor muscular constante
Os pacientes também podem apresentar manchas vermelhas nos pulsos e tornozelos, que não coçam, porém, podem aumentar em direção às palmas das mãos, braços ou às solas dos pés.
Em casos mais graves, pode ocorrer gangrena nos dedos e nas orelhas e paralisia dos membros, quadro que se inicia nas pernas e sobe até os pulmões, causando parada respiratória.
Folha Vitória