O idoso de 68 anos que morreu ao ser atingido na cabeça por uma bala perdida, na madrugada de domingo (25), estava internado há dois anos hospital de longa permanência, localizado na Avenida Leitão da Silva, em Vitória.
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Daniel Ribeiro Campos da Silva foi baleado durante um tiroteio na região. Segundo a polícia, o disparo perfurou a parede e atingiu o idoso no leito hospitalar, onde ele recebia cuidados paliativos.
Uma familiar contou que ao receber a notícia, imaginou que tratava-se de uma morte natural, mas depois descobriu que ele havia sido vítima de bala perdida.
"Minha filha me ligou logo cedo dizendo que ele tinha falecido, aí eu falei: 'foi feita a vontade do Senhor'. Mas ela disse que ele tinha sido morto com um tiro na cabeça e ainda não tinha detalhes", disse ela.
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"Ele não conseguia verbalizar, mas entendia tudo e chorava quando a gente chegava. Tem alguns vídeos dele com o fisioterapeuta, por exemplo. Ele não fazia caminhada, mas usava a cadeira de rodas para tomar sol do lado de fora também. "Minha nora foi para o hospital com a irmã e ainda estava acontecendo o tiroteio, com dezenas de viaturas na rua", contou.
Segundo a polícia, criminosos do Morro do Jaburu já estavam atirando contra os militares, antes mesmo do idoso ser atingido. Em busca de proteção, os policiais ficaram em um ponto localizado na frente do hospital.
Os disparos continuaram e, logo depois, os policiais saíram correndo e avisaram que um paciente do quinto andar do hospital havia sido baleado.
Tiro que matou idoso foi disparado em morro, diz polícia
Segundo o delegado-geral da Polícia Civil, José Darcy Arruda, a perícia identificou que o disparo que atingiu o idoso teria sido disparado de um morro na região, que fica a 33 metros de distância.
"A perícia esteve no local a noite e fez a pericia. Eu solicitei que retornasse pela manhã (de domingo) pela melhor visibilidade. Eles traçaram a trajetória do projétil. Ele veio em uma linha descendente, do morro para a pista, aproximadamente 33 metros do hospital onde foi vitimado o senhor Daniel", explicou.
"A princípio, é de uma pistola. O projétil de pistola, em uma distância dessa, não costuma ultrapassar paredes de tijolo e concreto. Por isso, vamos verificar se trata-se de um fuzil", disse o delegado-geral.
Diversas equipes da Polícia Civil trabalham para entender a motivação do tiro que atingiu o idoso no hospital, quem efetuou o disparo e a relação com outros ataques que ocorreram em Vitória.
Folha Vitória