"Acabou o amor", "Time sem Vergonha" e "Copa do Brasil virou obrigação". Foi ouvindo frases de protesto que o time do Flamengo desembarcou em Vitória na noite desta terça-feira (12) para o jogo de quarta-feira (13) contra o Athletico/PR, no estádio Kleber Andrade, em Cariacica, pela 23ª rodada do Brasileirão.
E se os 19,5 mil ingressos disponíveis foram vendidos com quase duas semanas de antecipação, a julgar pelos protestos desta terça-feira o Flamengo pode ter que enfrentar a ira da própria torcida no estádio.
Não ajudou o fato de os jogadores passarem direto pelos cerca de 400 torcedores que esperavam pelo time em frente ao hotel na Enseada do Suá, em Vitória. A falta de atenção dada pelo elenco inflamou os ânimos. Membros de torcida organizada chegaram a chutar as grades que impediam o público de entrar no hall de entrada do hotel. Além dos gritos de guerra em tom de cobrança, torcedores também jogaram pipoca no vice de futebol Marcos Braz e nos jogadores.
O Flamengo enfrenta amanhã o Athletico/PR pelo Brasileirão no Kleber Andrade porque o Maracanã segue fechado para recuperação do gramado. A prioridade, porém, é a final da Copa do Brasil contra o São Paulo, que começa a ser disputada no domingo (17).
Vice-campeão carioca, eliminado da Libertadores e praticamente fora da briga pelo título do Brasileirão — é o quarto colocado, com 39 pontos, 12 pontos atrás do líder, o Botafogo —, o Fla tem sido cobrado pela torcida para ganhar a Copa do Brasil.
Caso o time não vença o Furacão no Kleber Andrade, mais protestos devem acontecer e até mesmo o técnico Jorge Sampaoli corre o risco de perder o emprego.