A atriz mineira, de 52 anos, Letícia Sabatella, disse estar em processo de adaptação à descoberta de que tem Transtorno do Espectro Autista, também conhecido como TEA. Durante uma entrevista ao podcast Papagaio Falante, contou que tem aprendido mais sobre o assunto e que foi diagnosticada com grau leve.
A busca por apoio médico veio com o diagnóstico na filha, Clara, de 30 anos, fruto da relação com o também ator Ângelo Antônio.
Ao falar sobre o tema, lembrou de se sentir incompreendida em diversas situações. Além disso, teve hipersensibilidade a estímulos, como barulho. Relatou, inclusive, que chega a sofrer mal estar, "parece uma agressão". A hipersensibilidade sensorial está entre os sintomas típicos do TEA.
Um levantamento realizado pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças, do governo dos Estados Unidos, referência em todo o mundo no que diz respeito a prevalência do autismo, uma em cada 36 crianças de 8 anos são autistas no país norte americano. Os dados são de 2020 e a pesquisa é realizada a cada dois anos.
Vale ressaltar que o diagnóstico tardio do TEA vem se apresentando como uma realidade cada vez mais próxima de muitas pessoas. Não existem exames específicos que apontem para o transtorno, sendo necessária uma avaliação comportamental e sintomática com psiquiatra, neurologista e psicólogo.
SINAIS DO AUTISMO: COMO IDENTIFICAR EM ADULTOS E CRIANÇAS
Segundo especialistas, de maneira geral, os sinais do Transtorno do Espectro Autista começam ainda na primeira infância, continuam na adolescência e vida adulta. Cerca de 1% a 2% da população mundial é acometida pelo TEA. A maior prevalência acontece em pessoas do sexo masculino.
Sobre as causas, são multifatoriais. Há grande influência genética, porém, existe também a presença de aspectos ambientais. Existem algumas outras condições que ´podem acompanhar o TEA:
- Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH);
- Epilepsia;
- Deficiência intelectual.
Um diagnóstico médico é necessário para fechar o diagnóstico. Mas alguns sinais podem acender um alerta e por isso, é fundamental que cada vez mais as pessoas os conheçam. Entre eles, estão o atraso da fala, a dificuldade de aprendizagem, não atender quando é chamada pelo nome e a falta de contato visual, no caso de crianças, por exemplo.
Outras características comuns são o caminhar nas pontas dos pés e a falta de empatia.
*Com informações do Estadão
Folha Vitória