Um policial militar e professor temporário concursado da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF) é apontado como responsável por quebrar o braço de um adolescente autista, no Centro de Ensino Especial 1 do Guará.
O caso aconteceu na terça-feira (7/11). Após o ocorrido, o estudante precisou ser levado ao Hospital de Base, onde passou por cirurgia para colocação de pinos de titânio. Ele recebeu alta três dias depois.
O policial Caldas Paranã, 41 anos ,
começou a lecionar na escola em agosto, segundo o Portal da Transparência do Governo do Distrito Federal, pois recebeu proventos como professor em setembro. O terceiro-sargento da Polícia Militar (PMDF) estava na função para substituir uma professora de informática, que está afastada.
Testemunhas contaram que o adolescente é autista não verbal de nível 3. Na data do ocorrido, ele estaria agitado; por esse motivo, alguns funcionários da escola tentaram acalmá-lo.
Apesar de ordens em contrário da vice-diretora da escola, Renato teria se aproximado do adolescente e o segurado "com muita força pelos braços", segundo o boletim de ocorrência do caso, registrado pela mãe do estudante.
A vice-diretora também contou à polícia que pediu para o PM interromper a ação, mas ele não teria acatado as ordens da gestora. Ao sair para pedir ajuda a uma psicóloga, a educadora ouviu um "grito muito alto", que a fez voltar. Nesse momento, a profissional encontrou o adolescente caído ao chão, com o braço quebrado.
Ainda em depoimento, a vice-diretora acrescentou que "o jovem não é um menino agressivo, mas é muito agitado, pois uma das características do autismo dele é não deixar que o toquem". Mesmo assim, "que o adolescente nunca teve problema algum no colégio, sendo essa a primeira vez que ocorreu algo tão grave", segundo ela.
Mateense Autista