A soja é a nova aposta da família Covre, já conhecida por sua produção de trigo e milho em Pinheiros, extremo norte do Espírito Santo. Os sócios Carlito, Moisés e Isaac Covre ingressaram nessas culturas para diversificar suas atividades agrícolas, driblar a falta de mão de obra e criar uma nova fonte de renda.
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Com o sucesso da primeira colheita de milho, que rendeu uma safra de 700 toneladas e foi comercializada em território capixaba, a atenção está voltada para a soja. O plantio da soja teve início em setembro, e a colheita, que começou neste mês de janeiro, está prevista para se estender até março, com uma expectativa de produção de aproximadamente 80 sacas por hectare.
Previsão é de colheita de 80 sacas de soja por hectare
Os plantios de grãos dos irmãos Covre têm chamado a atenção de produtores da região. As plantações dos irmãos Covre estão recebendo visitas de interessados em conhecer de perto o processo dessas novas culturas em território capixaba.
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O investimento na soja tem se mostrado promissor, levando os produtores a adquirirem novos maquinários para otimizar o plantio e a colheita. "A inovação chega através de plantadeiras e colheitadeiras mais acessíveis, uma tecnologia que contribui para um plantio eficiente e uma colheita mais avançada. O cenário atual nos incentiva a manter um olhar atento, tanto para aprimorar práticas existentes quanto para explorar novas oportunidades", explicou Carlito Covre.
Apesar de ainda não haver uma apuração detalhada dos resultados, os produtores estimam uma produção de 80 sacas de soja por hectare, podendo essa marca ser superada após a análise completa dos dados.
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O plantio de soja pelos irmãos Covre em Pinheiros começou em setembro e a expectativa é de colheita após 120 dias. O ciclo completo, do plantio à colheita, abrange de 120 a 150 dias, e a expectativa é de colher os grãos até março de 2024.
"Já estamos no início da colheita da terceira área, e temos duas áreas já colhidas. A próxima semana reserva mais uma etapa desse ciclo. Janeiro marcou o início do plantio de 550 hectares de soja, uma decisão motivada pela erradicação de áreas de café. A mão de obra escassa nesse cultivo impulsionou a redução gradual da área dedicada ao café, direcionando-nos para novas empreitadas como milho. No último ano, optamos por investir em grãos, resultando em duas safras de milho. Embora promissor, é crucial realizar os procedimentos corretamente, uma vez que o lucro, em comparação com mamão, café e pimenta, é inferior ao que estávamos habituados a alcançar", destacou um dos sócios, Carlito Covre.
A produção brasileira de soja se estende por quase todo território nacional. O Brasil é o maior produtor mundial e possui uma área plantada de 44 milhões de hectares e produção de 154.566,3 milhões de toneladas. No mundo, são produzidas cerca de 369 milhões de toneladas e uma área plantada de 136 milhões de hectares.
No entanto, o cultivo de soja ainda é pouco explorado em terras capixabas, sendo o estado do Mato Grosso o maior produtor brasileiro de soja, com a produção de 45 milhões de toneladas em mais de 12 milhões de hectares.
No Espírito Santo, a soja surge como uma nova alternativa de renda no campo e tem atraído os olhares dos produtores. Dados levantados pela Secretaria de Agricultura do Espírito Santo (Seag) apontam que o estado teve em 2022 registros inéditos de culturas emergentes, entre elas a soja. A cultura teve 80 hectares de área colhida, 200 toneladas de produção, com produtividade média de 2,5 toneladas por hectare. Os dados de 2023 ainda não foram divulgados.
A região norte do estado é considerada mais propícia para o plantio de soja e tem explorado gradativamente essa cultura. Outros municípios, como Montanha, São Mateus, Jaguaré, Linhares e Conceição da Barra também têm potencial para a expansão, devido às condições climáticas e de solo mais adequadas para o cultivo de soja, incluindo temperaturas e precipitações pluviométricas favoráveis.
Foto: Reprodução
Folha Vitória