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Preço nas alturas: Azeite ganha lacre antifurto em supermercado de Vitória

Nos últimos meses, o valor do produto subiu 53,48%, sendo o maior desde 2020. Azeite está sendo vendido com segurança de artigo de luxo.

Por Regional ES em 18/04/2024 às 06:04:00

Azeite de oliva é vendido com lacre antifurto em supermercado de Vitória, Espírito Santo ?- Foto: Eduarda Lisboa/Rede Gazeta

Por causa do preço alto do azeite de oliva, os consumidores andam assustados no Espírito Santo. E tem supermercado colocando até lacre antifurto para impedir o furto do produto, assim como acontece em artigos de luxo. Nos últimos meses, o valor do produto subiu 53,48%, sendo o maior desde 2020.

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A medida de segurança foi adotada por um atacado em Vitória. Estabelecimentos em outros estados também adotaram o lacre na mercadoria. A mercadoria, que antes podia ser visto com mais frequência nos carrinhos de compras, agora estão "sobrando" nas prateleiras.

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O consumidor Moisés Joaquim já sentiu a diferença no bolso ao comprar azeite. "Nós usávamos bastante azeite em casa, principalmente minha esposa, que fazia torta capixaba. Mas o preço está mais salgado do que o bacalhau. Vamos ter que usar menos agora", disse.

Moisés Joaquim e a esposa decidiram diminuir o consumo de azeite devido ao preço do produto, que é vendido com lacre antifurto em supermercado de Vitória, Espírito Santo — Foto: Eduarda Lisboa/Rede Gazeta

Moisés Joaquim e a esposa decidiram diminuir o consumo de azeite devido ao preço do produto, que é vendido com lacre antifurto em supermercado de Vitória, Espírito Santo — Foto: Eduarda Lisboa/Rede Gazeta

Somente em março, o preço do azeite subiu 2,36%. No acumulado do ano, o valor do produto chegou a aumentar 12,21%. No mesmo período de 2023, a variação foi de 0,2%, segundo os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

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Na internet, várias pessoas perceberam que o azeite está mais caro e, por isso, está sendo vendido com lacre.


O economista André Braz explica que a alta no valor do azeite de oliva é devido a questões climáticas que prejudicaram a safra das oliveiras na Espanha, em Portugal e na Grécia, maiores produtores mundiais do produto.

"O Brasil importa o azeite da Europa e, devido a problemas climáticos, houve uma oferta menor. Então, como o volume de exportação europeia diminuiu, o produto ficou ainda mais caro no mundo inteiro", destacou Braz, que também é coordenador dos Índices de Preços do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV-Ibre).




A professora Letícia Picallo optou por diminuir o consumo do azeite para economizar. "Eu usava bastante o azeite em casa. Agora já não uso tanto porque está muito caro, quase R$ 50. Achei que o preço fosse diminuir depois da Semana Santa, mas parece que ficou até mais caro", observou.


Fonte: G1

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