A Vale, que administra a ferrovia, utiliza Inteligência Artificial recursos tecnológicos e realidade virtual nas operações e formação de pessoas
A Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM) chegou aos 120 anos nesta segunda-feira (13), sendo responsável por 30% de toda a carga ferroviária do Brasil. O projeto da ferrovia foi aprovado em 1902 e em 1904 o primeiro trecho foi inaugurado, com inicialmente 30 quilômetros.
Administrada pela Vale, a ferrovia possui 905 quilômetros, sendo 601 de linhas duplas. Hoje considerado o ponto de partida da estrada, a Estação Pedro Nolasco, em Cariacica, foi inaugurada em 1905, um anos depois da inauguração da ferrovia.
- Em 1943, as estações que faltavam para completar o trajeto foram finalizadas.
- Ainda em 1970, a EFVM recebeu um investimento de duplicação, se tornando a primeira ferrovia completamente duplicada das américas.
- Durante o século XX, a troca de trilhos era feita manualmente, com várias pessoas se reunindo para a atividade. Atualmente, todo o movimento é feito com o auxílio de guindastes.
Ferrovia de minério
- 3,5 mil empregos diretos
- 317 locomotivas.
- 12.123 vagões de minério.
- 45 túneis (27,5 km).
- 127 pontes.
- 185 passagens de nível.
- 43 passarelas.
- 30 Estações de Vitória a Belo Horizonte.
- 42 municípios atendidos.
- 664 km percorridos em 13,5 horas.
- 740 mil passageiros em 2023.
De acordo com a Vale, a estrada ainda possui sistemas tecnológicos de operações e treinamento de pessoal. São utilizadas as tecnologias de Inteligência Artificial, realidade virtual, simuladores, sistemas de monitoramento e equipamentos de alta performance.
"A Estrada de Ferro Vitória a Minas traz a inovação em sua essência. Sempre à frente do seu tempo, atuou como mola propulsora do crescimento de diversas cidades e ainda hoje é essencial para a economia do país. Ela antecede à criação da Vale e integra um sistema logístico fundamental para as atividades da empresa. Além de contribuir para o desenvolvimento econômico, a ferrovia tem um importante papel na vida de trabalhadores e moradores de municípios por onde passa. Nos últimos 10 anos, cerca de 8 milhões de pessoas utilizaram o trem de passageiros", diz Gildiney Sales, diretor da Estrada de Ferro Vitória a Minas.
Outro exemplo de inovação utilizada, segundo a Vale, é o carro controle, um veículo ferroviário de última geração com equipamentos de medições da geometria da linha que torna possível programar manutenções preventivas com base em suas leituras. Mais um exemplo é o carro ultrassom, que percorre a linha para identificar e prevenir futuras fraturas de trilhos.
Ao longo do trecho ainda são empregados recursos tecnológicos que fazem a leitura de todo material rodante, observando as condições dos rolamentos, a performance dos truques (eixo que sustenta as rodas, rolamentos e freios), a temperatura e o perfil de rodas.
Todas as informações são repassadas ao Centro de Controle Operacional (CCO), em Vitória (ES), que gerencia a movimentação diária de dois trens de passageiros e, pelo menos, 40 tipos de mercadorias, entre minério de ferro, aço, soja, carvão e calcário ao longo de toda a ferrovia.
As condições climáticas também não ficam de fora. Por meio de sistemas de pluviometria e temperatura é possível reforçar os cuidados em épocas de chuvas e temperaturas elevadas.
Segundo a Vale, os sistemas de controle de tráfego também garantem a segurança da circulação dos trens pelo adequado distanciamento entre eles. Esse sistema prevê, inclusive, a parada automática dos trens em casos de alguma falha ou desvios de operação.