O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) surgiu na França na década de 1960, mas não como o conhecemos hoje. Esse serviço foi adotado por diversos países e, no Brasil, o Samu começou através de um acordo bilateral, assinado entre Brasil e França, através de uma solicitação do Ministério da Saúde, oficializada pelo decreto nº 5.055, de 27 de abril de 2004.
De acordo com a Secretaria da Saúde do Espírito Santo (Sesa), em 2023, mais de 525 mil chamados/ligações foram recebidos pelo Samu no Estado, sendo que mais de 120 mil passaram por regulação médica. Foram aproximadamente 1.500 ligações por dia. Com relação à acidentes de trânsito, o Samu atende uma média de 70 atendimentos diários.
O Samu é um serviço gratuito, que funciona 24 horas, por meio da prestação de orientações e do envio de veículos (Ambulâncias e Motolâncias) tripulados por equipe capacitada, acessado pelo número "192" e acionado por uma Central de Regulação das Urgências. O Samu realiza os atendimentos em residências, locais de trabalho e vias públicas e conta com equipes que reúnem médicos, enfermeiros e condutores socorristas.
O atendimento do SAMU 192 começa a partir do chamado telefônico, quando são prestadas orientações sobre as primeiras ações. O serviço pode ser acessado gratuitamente pelo número 192, a partir de qualquer telefone, fixo ou móvel. A ligação é atendida pelo Telefonista Auxiliar de Regulação Médica, que identifica a emergência e coleta as primeiras informações sobre as vítimas e sua localização. Em seguida, as chamadas são remetidas ao médico regulador, que presta orientações às vítimas e aciona as ambulâncias quando necessário.
As ambulâncias e motolâncias são distribuídas estrategicamente para melhorar o tempo-resposta entre os chamados da população e o encaminhamento aos serviços hospitalares de referência. A prioridade é possibilitar a cada vítima um atendimento no menor tempo possível, inclusive com o envio de médicos conforme a gravidade do caso.
É importante ressaltar que o Samu só deve ser acionado em situações críticas. Quando isso acontecer com alguém, um médico fará o atendimento, que poderá ser o envio de uma ambulância ou uma orientação por telefone. É imprescindível estar perto da vítima para responder às perguntas e passar os pontos de referência. Isso ajuda a ambulância a chegar mais rápido, se for o caso.
A Política Estadual para a Rede de Urgência e Emergência — componente do Serviço Móvel de Urgência, denominado Samu para Todos, foi instituída por meio do Decreto nº 4.548-R, de 16 de dezembro de 2019. A iniciativa do programa tem o objetivo de ampliar o acesso da população ao SAMU 192. Para isso, o Governo do Estado, por meio da Secretaria da Saúde (Sesa), cofinanciará a implantação do serviço em 60%, depois de deduzir o custo com o repasse federal, para os municípios que aderirem à proposta, utilizando a base de cálculo tripartite sobre o teto do valor de referência, per capita/mês.
A contrapartida dos municípios será de 40%, além de disponibilizar a infraestrutura padronizada das bases descentralizadas, que deverão estar estrategicamente localizadas, de forma a contemplar os atendimentos da região. O repasse estadual será concedido em caráter regular e automático, fundo a fundo, desde que seja mantido o serviço nas condições exigidas pelo Ministério da Saúde.
De acordo com a secretaria, as situações em que o Samu 192 deve ser solicitado são em casos de parada cardiorrespiratória, dor bem forte no peito (infarto), dificuldade de respirar/engasgo, suspeita de acidente vascular cerebral (derrame), intoxicação (envenenamento), queimadura grave, choque elétrico, acidente de trânsito com vítima, queda grave e fratura, afogamento, surto psiquiátrico, ferimento causado por arma de fogo ou arma branca, trabalho de parto com risco de morte para a mãe ou para o bebê.
É importante verificar a quantidade de vítimas e o estado de consciência e se há alguém preso às ferragens; ligue para o 192 e siga as orientações do médico regulador; sinalize as vias com galhos de árvores, triângulos de sinalização; em acidentes com motos, não toque nas vítimas, não retire o capacete e não dê água aos acidentados.
Verifique o estado em que o paciente se encontra; ligue para 192 de qualquer telefone fixo ou móvel; passe as informações solicitadas; siga as orientações do médico regulador e se for o caso, aguarde a chegada do socorro.
Fonte: Ministério da Saúde / Secretaria da Saúde (Sesa) do Espírito Santo