Os preços dos produtos estão em queda nas centrais de abastecimento do país (Ceasas), segundo levantamento divulgado nesta semana pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). No Espírito Santo, a maior queda veio da laranja (-20,44%), seguido do alface (-8,5%) e da batata (-6,49%).
Tendo por base preços cobrados no atacado, o 5º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort) mostrou que o preço da batata caiu pelo segundo mês consecutivo, na comparação com os meses de março e abril, mesmo com a menor oferta do produto no mercado.
Já a redução de preço da laranja está relacionada à questão climática, uma vez que se costuma observar que a demanda costuma cair nos dias de frio, o que acaba por pressionar para baixo as cotações. Cabe destacar que a melancia também entra neste cenário de queda em outras localidades do país, mas apresentou alta de 3% no Espírito Santo.
A maior alta registrada na Companhia de Abastecimento do estado, no setor das frutas, segundo levantamento realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), foi a do mamão com 83,38%, seguido pela maçã (5,56%), melancia (3%) e banana (1,06%).
De acordo com a Companhia, a alta nos preços da maçã e do mamão se deu em todo o país porque a colheita da gala e seu armazenamento nas câmaras frias foram finalizados, com um menor volume colhido e, por isso, menores estoques acumulados.
"A maçã fuji teve colheita lenta por causa das chuvas na Região Sul que castigaram os pomares em março e abril, principalmente no estado gaúcho. No caso do mamão, houve queda de oferta nas áreas produtoras da Região Sudeste", informou a Conab.
No grupo das hortaliças as maiores altas no estado foram da cenoura (34,79%), cebola (31,52%) e o tomate (9,34%). De acordo com a companhia a cebola tem apresentado alta de preços desde outubro do ano passado, fora o mês de janeiro, quando foi verificada queda de preços. Cabe destacar também que o aumento na quantidade de tomate enviada aos atacados do país no mês de abril, na comparação com o mês anterior, não foi suficiente para reduzir preços.
"Para a cenoura, a alta interrompe dois meses de queda nas cotações praticadas. Com o menor envio da raiz a partir de Minas Gerais, principal abastecedor, ocorre a natural pressão de demanda sobre produções de outros estados", informou a companhia.