Íris Rocha estava grávida de 8 meses quando foi assassinada a tiros, em janeiro de 2024
A família da enfermeira Íris Rocha, de 30 anos, assassinada pelo ex-namorado Cleilton Santana dos Santos, entrou na Justiça com um pedido de indenização civil no valor de R$ 500 mil.
Os pedidos, feitos pelo advogado que acompanha a família da vítima, Fábio Marçal, já foram analisados pelo juiz Arion Mergár, da Comarca de Alfredo Chaves.
Na decisão judicial, obtida pelo Folha Vitória, o magistrado negou o sequestro de bens do acusado, por se tratar de um crime contra a vida.
"Por ora, deixo de analisar o requerimento de fixação de valor mínimo da reparação civil, uma vez que será melhor analisado após a apuração da instrução processual", também descreveu na decisão.
O advogado Fábio Marçal destacou que Cleilton continua preso. "O processo está correndo rapidamente, havendo uma petição de defesa, já vamos ter a audiência".
O crime aconteceu no dia 11 de janeiro deste ano, na localidade de Carolina, em Alfredo Chaves. Cleilton, segundo a polícia, agiu de forma premeditada, levou a vítima a um lugar ermo, de mata e sem residências por perto, e fez quatro disparos de arma de fogo contra ela.
Na sequência, ele jogou o corpo de Íris em um terreno, despejando cal desidratado, com o objetivo de ocultar a localização e agilizar o processo de decomposição.
Cleilton foi preso no dia 18 de janeiro, no momento em que passava de carro com o advogado pelo posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Viana, na BR-262.
Em nota encaminhada a reportagem do Folha Vitória, o Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), por meio da Promotoria de Justiça de Alfredo Chaves, informa que está impedido por lei de se manifestar sobre processos que tramitam em sigilo determinado pela legislação vigente, mas segue acompanhando o caso para a adoção de todas as providências necessárias.
As investigações também mostraram que a vítima foi alvejada por quatro tiros, sendo um no braço esquerdo, dois na axila e um na cabeça, acima do olho direito.
Em áudio obtido pela reportagem do Folha Vitória, enviado para uma amiga, Íris denunciou sobre a agressão física que sofreu por parte do então namorado.
Na mensagem, ela narra que "apagou e acordou no chão cuspindo sangue". O caso aconteceu em outubro do ano passado, pouco mais de três meses antes de ser executada.