"Esse era um desejo dele. Não estamos de luto, estamos em paz", disse a família de Glênio Alves após a confirmação da morte dele nesta terça-feira
O motoboy Glênio Alves, arremessado da Terceira Ponte após ser fechado por um carro no último dia 12, teve morte cerebral confirmada pela família nesta terça-feira (18). Os parentes divulgaram que aguardam os procedimentos para a doação dos órgãos.
Glênio estava internado no Hospital Estadual de Urgência e Emergência, em Vitória, em estado grave. Ele já havia passado por uma laparotomia (cirurgia no abdômen) por conta de uma hemorragia.
Na segunda-feira (17) à noite, a família informou que o hospital havia iniciado o protocolo de morte cerebral. Na manhã desta terça, a morte de Glênio foi confirmada.
"Após 6 dias de muita luta, perdemos nosso major, mas a missão dele ainda não acabou. A família se reuniu hoje no hospital onde recebemos a notícia de morte cerebral e tomamos uma importante decisão de doar os órgãos dele e abençoar até 8 pessoas, esse era um desejo dele, não estamos de luto estamos em Paz por essa última e mais linda missão", disse a família por meio de uma nota encaminhada à reportagem.
O protesto começou por volta de 9h e os motociclistas pararam por alguns minutos na ponte, o que deixou as pistas no sentido norte (em direção à Vitória) com o trânsito comprometido. Depois, eles se dispersaram.
Testemunhas que estavam no local descreveram que, na queda, Glênio passou primeiro por uma árvore e depois caiu sobre um carro estacionado na Rua São Paulo, na Praia da Costa. Em seguida, caiu no chão.
A motorista que dirigia o carro que acabou causando o acidente fez o teste de bafômetro, que deu negativo para o consumo de álcool.
Segundo a Polícia Militar, a condutora dirigia um carro modelo Pajero e também precisou ser atendida por uma ambulância.