A Petrobras anunciou durante a semana um reajuste de 7,12% no preço da gasolina; consumidores da Grande Vitória já sentem o impacto no bolso
Após a Petrobras anunciar o reajuste de 7,12% no preço de venda da gasolina, já há postos de combustíveis nos quais o preço por litro já está sendo vendido a R$ 6,19 na Grande Vitória. A empresa também confirmou reajuste no gás de cozinha, que passará a custar R$ 34,70 o botijão de 13 kg.
Em um posto localizado na Avenida Presidente Florentino Avidos, no Centro de Vitória, o reajuste já estava em vigor. A gasolina comum estava com preço de R$ 6,19 no dinheiro ou débito e R$ 6,29 no crédito.
Já em outro posto, na Avenida Beira-Mar, no bairro Monte Belo, também em Vitória, o combustível era encontrado pelos consumidores a R$ 5,89. Mas, a aditivada já chegava até R$ 6,36.
O reajuste já começou a afetar o bolso dos consumidores. Em entrevista ao Folha Vitória, o motorista de aplicativo Gilmax Adriano, afirmou o repasse não está compatível com os gastos.
"Tem o custo de manutenção do combustível, custo de gasolina, se colocar no papel tudo inclui o combustível. Um exemplo: ao colocar o carro na oficina, a peça que chega através de caminhoneiros precisou da gasolina. O repasse não é compatível com os gastos, não sei o que fazer", afirma o motorista.
Essa é a primeira vez, em 2024, que a estatal anuncia aumento na gasolina. Segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis, a Petrobras estava segurando os preços e chegou a vender combustível 18% abaixo do mercado internacional.
Mesmo com o reajuste, o consultor do Tesouro Estadual, Carlos Eduardo Cardoso, explica que, mesmo com o reajuste, o preço do combustível continua abaixo do praticado pelo mundo.
"De acordo com o instituto de pesquisa da área, a Petrobras, apesar desse reajuste, continua com uma defasagem em torno de R$ 0,59. Isso se deve justamente à nova política", destacou.
Procurado pela reportagem, o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo (Sindipostos-ES) explicou que as distribuidoras compram o combustível da refinaria e revendem aos postos. Portanto, esse impacto ao consumidor depende do repasse das distribuidoras.
"O Monitor de Preços dos Combustíveis da Sefaz mostra que houve um brusco aumento no preço médio de compra da gasolina pelos postos junto às distribuidoras. Mas o mesmo Monitor mostra que o repasse aconteceu gradualmente nos postos", ressalta.
Além disso, ele também destacou que o mercado de combustíveis é livre. "As distribuidoras e postos definem seus preços conforme custos operacionais e estratégias concorrenciais".
Procurado pela reportagem do Folha Vitória, o Instituto Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-ES) informou que vai realizar um trabalho fiscalizatório nos postos de combustíveis, por meio da coleta de preços, notas fiscais de compra e venda e verificação de estoque, com o objetivo de apurar possíveis inconformidades.