O Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) apreendeu 24 aves silvestres durante três ações de fiscalização na última semana. Dentre os animais apreendidos, alguns são espécies ameaçadas de extinção. As operações, motivadas por denúncias, ocorreram em Vila Velha, Apiacá e Marataízes.
As aves apreendidas são da ordem Passeriformes e um Psitacídeo. Entre elas, estão espécies conhecidas popularmente, como coleiro, trinca-ferro, tico-tico, pássaro-preto, bicudo e galinho-da-serra.
A espécie trinca-ferro está na lista de espécies ameaçadas de extinção no Estado, classificado como vulnerável (VU). A posse dessa ave sem autorização pode acarretar multas de até R$ 16 mil.
Um casal de bicudo-verdadeiro (Sporophila maximiliani) também foi apreendido, sendo um macho irregular, com anilha proveniente de um criadouro comercial. A fêmea estava sem anilha e em condições de maus-tratos. A espécie é considerada extinta no Espírito Santo e criticamente ameaçada no Brasil.
"Infelizmente, a caça e o tráfico ilegal dessas aves são as principais causas da extinção dessas espécies no Espírito Santo e continuam sendo uma ameaça em nível nacional", disse a servidora do Iema, Marilia Bautz.
O comércio, criação, posse e a manutenção de aves silvestres em cativeiro sem a devida autorização do Iema são crimes no Espírito Santo, com penas previstas na Lei Federal Nº 9.605/1998 e na Lei Estadual Complementar Nº 936/2019.
Folha Vitória