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Não dormimos uma noite inteira

"Não dormimos uma noite inteira há seis anos", diz casal que tem três crianças deficientes


"Esgotada, absolutamente esgotada", desabafa Amanda Crawford, da Escócia, sobre a privação de sono. Ela e o marido dizem dormir, em média, cerca de 4 horas por noite. Entenda os riscosUm casal que cuida de três crianças deficientes disse que não dorme uma noite inteira há seis anos.Dois dos filhos de Amanda Crawford, 32, e Colin Craig, 30, da Escócia, têm doenças raras e o terceiro está apresentando sintomas. Em um depoimento comovente ao Daily Record, o casal disse quedorme, em média, de 20 a 28 horas por semana- isto é, não mais do que 4 horas por noite. Segundo eles,geralmente são cochilos entre os cuidados, quando Chance, 6, CJ, 4, e Brooke, 2 anos, estão dormindo. "Aprivação do sono é um assassino para nós", disse Amanda.

A mãe conta que desde que o primogênito, Chance, nasceu, ela e o marido ficam acordados a noite toda.E uma vez que eles conseguiram ajustar o tratamento para sua doença rara de armazenamento de glicogênio tipo IX, eles precisavam se refezar para dar-lhe alimentos especializados. Segundo os pais, o menino precisa ser alimentado a cada duas horas entre as 5 ou 6h da manhã até 1h da manhã, e um pequeno atraso pode deixá-lo doente. Já CJ tem hipoglicemia cetótica idiopática, e sua irmã caçula já está com sintomas semelhantes. Todas as três crianças estão agora em regimes alimentares rigorosos para mantê-los saudáveis. Amada disse que teve que desistir de sua carreira como jornalista e Colin luta para lidar com seu trabalho. Em lágrimas, ela disse: "Não podemos viver assim. Isso não é vida. Estou esgotada, absolutamente esgotada. Não quero mais fazer isso". Sobre prestar assistência à família, o Conselho de Renfrewshire disse: "Continuamos a nos envolver com a família no apoio que recebem".

Riscos da privação de sono

Ficar sem dormir pode trazer consequências que vão desde mudanças de humor até quadros de psicose.A recomendação geral das agências mundiais de saúde é de 8 a 10 horas de sono diárias, mas o brasileiro descansa, em média, apenas 6,4 horas por dia, segundo a Associação Brasileira do Sono. E a situação é ainda mais preocupante para os pais de recém-nascidos: alguns relatam dormir apenas 2 horas por noite. De acordo com aAgência Einstein, uma pessoa que ficou 18 horas sem dormir passa a ficar mais lenta e com reflexos comprometidos. O efeito é parecido com o de estar embriagado (o equivalente a uma concentração de 0,05% de álcool no sangue). Já quando o período de privação de sono é de 24 horas, o efeito pode ser comparado à taxa de álcool no sangue de 0,10%, de acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC, na sigla em inglês).O psiquiatra Adiel Rios explica que a falta crônica de descanso ainda favorece a fadiga, o envelhecimento precoce, queda na imunidade e sonolência durante o dia, além do aumento no risco de desenvolver doenças crônicas, como transtornos psiquiátricos e cardiovasculares.

Dicas para melhorar o sono do bebê

O caso de Amanda e Colin é especial, por se tratarem de três crianças com deficiência. No entanto, a privação de sono não é incomum para os casais que acabaram de ter filhos. Mas como sobreviver à isso se a criança dorme por pouco tempo e logo desperta? Primeiro, é necessário entender que adormecer e despertar não estão sob o seu controle. O que você pode mudar? A maneira como encara a situação. Definir uma rotina é a chave para ajudar seu filho a aprender a dormir durante toda a noite. Mas, vá com calma, lembre-se de que durante os primeiros meses, o horário de sono do bebê ainda será, em grande parte, ditado por seu padrão de alimentação (isso porque, muitas vezes, o bebê acorda para mamar). No entanto, à medida que crescer, ele vai espaçar os intervalos entre as mamadas e, a partir daí, você poderá estabelecer uma rotina. Assim, atenção aos cochilos durante o dia (geralmente um em cada período), que devem ser curtos e não muito próximos ao final da tarde, para não atrapalhar o sono noturno. Mantenha o ambiente claro, com os sons e movimentos habituais da casa. Já à noite, deixe a iluminação suave e o ambiente calmo para o bebê diferenciar os horários e evite a super estimulação pelo menos 1 hora antes de dormir. É aconselhável que você siga um ritual diário, para que seu filho associe a noite com a hora de dormir. Por exemplo: - Vista um pijama confortável. Evite agasalhar o bebê mais do que o necessário. Se sentir calor, ele ficará choroso e irritado. Lembre-se: dentro do quarto, seu filho sente tanto calor ou frio quanto você; - Alimente-o com calma e tranquilidade; - Leia um livro ou cante uma canção de ninar; - Diminua a iluminação; - Coloque-o no berço e dê um beijo de boa noite. Aos poucos, com paciência e tranquilidade, vá incorporando esse ritual à rotina do seu filho. Com a constância dos hábitos logo, logo ele terá uma ótima noite de sono, e você também.

Fonte: (Revista Crescer)

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