Uma operação e cumpriu 19 mandados de busca e apreensão em empresas suspeitas de praticar crimes por meio destas máquinas
A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga a participação de milicianos em um esquema de adulteração que utiliza máquinas de captura de bichos de pelúcia em shoppings em estabelecimentos comerciais.
Uma operação cumpriu 19 mandados de busca e apreensão em empresas suspeitas de praticar crimes por meio destas máquinas.
A suspeita é que o esquema transformava uma atividade de habilidade em um jogo de azar.
Um dos endereços visitados foi a sede de uma empresa, onde foram encontradas dezenas de máquinas e brinquedos pirateados.
Foram ao todo 16 mandados cumpridos em cidades do Rio e Baixada Fluminense e 3 na cidade de Itapema, em Santa Catarina. A operação foi feita nesta quarta-feira (28).
As investigações começaram em maio, após a Operação Mãos Leves 1. A polícia iniciou a apuração após receber uma denúncia de que máquinas das empresas Black Entertainment e London Adventure utilizavam pelúcias falsificadas de personagens de marcas registradas.
Na época, a polícia apreendeu várias máquinas e também pelúcias falsificadas. Já agora na segunda fase da operação, os policiais identificaram a manipulação das máquinas.
Isso foi possível porque, através das apurações realizadas pelos policiais e dos exames feitos por peritos, foi verificado que o sistema das máquinas de pelúcia havia sido adulterado. O objetivo do golpe era dificultar no aparelho a liberação dos brindes.
Segundo agentes da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial, os criminosos programam a máquina para o cliente só conseguir içar o brinquedo após várias tentativas.
A fraude, de acordo com a polícia, seria possível graças a uma corrente elétrica que a máquina libera e permite gerar potência suficiente para a garra pegar o brinquedo. Dessa forma, antes mesmo da tentativa, a garra fica enfraquecida e não consegue "agarrar" o bicho de pelúcia.
Foram apreendidos, além dos aparelhos e das pelúcias, celulares, computadores, notebooks, tablets e documentos, que serão analisados para que a Polícia Civil desvende a estrutura do grupo criminoso.
Os envolvidos podem responder por crimes contra a economia popular, contra o consumidor, contra a propriedade imaterial, bem como por associação criminosa e contravenção de jogo de azar. As investigações ainda apuram possível prática de lavagem de dinheiro.