Os casos de Covid permanecem elevados no Brasil, indica o mais recente Boletim InfoGripe da Fiocruz. Observa-se um aumento na incidência de síndrome respiratória aguda grave (Srag) em diversas faixas etárias e regiões do país.
Crianças de até dois anos enfrentam uma alta incidência de infecções pelo vírus sincicial respiratório (VSR) e rinovírus, que tendem a ser mais graves do que aquelas causadas pela Covid nesta faixa etária.
De acordo com o boletim, 17 das 27 unidades federativas brasileiras apresentaram uma tendência de aumento nos casos de Srag nas últimas seis semanas.
O aumento é mais evidente entre crianças e adolescentes até 14 anos nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Sul, devido principalmente ao rinovírus. Adicionalmente, 11 capitais brasileiras, como Aracaju, Belo Horizonte e São Paulo, também registram um crescimento nos casos de Srag.
No panorama nacional, os dados das últimas quatro semanas epidemiológicas mostram que a distribuição dos casos positivos mostrou que 27,2% eram de influenza A, 2,8% de influenza B, 4,1% de VSR e 48% de Sars-CoV-2 (Covid-19).
No Brasil, há uma tendência nacional de aumento nos casos de Srag tanto a curto quanto a longo prazo, impulsionada principalmente por infecções de rinovírus e Covid. Atualmente, 17 unidades federativas, incluindo Alagoas, Amapá, Amazonas, entre outros, mostram crescimento nas estatísticas de Srag.
O último relatório da Fiocruz, da semana de 22 de agosto, já mostrava um aumento nas hospitalizações por Srag em vários estados brasileiros, com destaque para crianças e adolescentes afetados principalmente pelo rinovírus, e idosos onde a Covid prevalece, especialmente em Goiás, Paraíba, Bahia, São Paulo e Sergipe.
SOBRE AS SÍNDROME RESPIRATÓRIAS
Rinovírus e VSR são agentes comuns de infecções respiratórias, com o rinovírus causando resfriados e o VSR afetando principalmente crianças com condições como bronquiolite e pneumonia.
Influenza A, um vírus mutante rápido responsável pela gripe, e Covid, causada pelo coronavírus Sars-CoV-2, são também altamente contagiosos.
A prevenção para esses vírus inclui vacinação (especialmente para Influenza A e Covid-19), práticas rigorosas de higiene, como lavagem das mãos e uso de máscaras, além de manter uma boa etiqueta respiratória para limitar a transmissão.