A previsão é que a chuva volte para amenizar a estiagem no Espírito Santo somente a partir de outubro; veja detalhes
Como já dizia Tim Maia: "É primavera... Te amo!" ? A estação mais florida do ano começou oficialmente neste domingo, dia 22 de setembro, às 9h44. De acordo com o Instituto Climatempo, a primavera marca um ponto de virada no clima brasileiro, representando o retorno das chuvas em várias regiões, que passaram por longos meses de seca, e também o aumento natural das temperaturas.
Com a primavera, surge a expectativa de reequilíbrio no ciclo das chuvas, mas o que realmente esperar de uma estação tão importante e aguardada? O instituto pontua que nos últimos meses, o Brasil sofreu com um clima excepcionalmente seco.
O resultado foi uma estiagem prolongada, especialmente nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e parte do Norte.
Esses fenômenos são difíceis de prever a longo prazo, mas é possível que, em outubro ou novembro, episódios de calor intenso voltem a ocorrer, aumentando os alertas.
Geograficamente, algumas regiões terão maior destaque. No Norte, a chamada "estação do verão amazônico" continua até novembro, estendendo o período de calor extremo nessa região.
Durante o verão amazônico, a combinação de dias mais longos, maior incidência de radiação solar e umidade em declínio resulta em temperaturas consistentemente acima da média. Cidades no Amazonas, Pará e Acre poderão registrar temperaturas elevadas durante toda a primavera.
No Nordeste, a atuação do "B-R-O-BRÓ", fenômeno climático típico dos meses de setembro a dezembro, continuará a elevar as temperaturas em estados como Piauí, Maranhão e parte da Bahia. Esse período é tradicionalmente seco e quente, o que acentua ainda mais o cenário de altas temperaturas.
Em contraste, a faixa Centro-Sul do Brasil, que inclui São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, deverá registrar temperaturas mais dentro da normalidade, com pequenas variações acima da média. Isso se deve ao retorno mais consistente das chuvas, que ajudará a equilibrar o calor.
No entanto, há boas notícias para as regiões Sudeste e parte do Centro-Oeste. Os modelos climáticos indicam que essas áreas terão chuvas mais frequentes e acima da média para a estação. A previsão é que o retorno das frentes frias e a atuação de cavados (áreas alongadas de baixa pressão) favoreçam a formação de sistemas de instabilidade que trarão um alívio para a seca prolongada.
Por outro lado, o Rio Grande do Sul deve permanecer em alerta, pois a previsão é de que as chuvas fiquem abaixo da média durante a primavera. A principal explicação para essa tendência é a condição do Oceano Pacífico, que está mais frio do que o habitual, um fator que historicamente impacta negativamente o volume de chuvas no estado.
De acordo com o Incaper, a expectativa é de que o volume de chuva deve aumentar a partir da segunda quinzena de outubro. O instituto afirma que o começo da primavera deve ter tempo seco e sem frio. Em outubro, a previsão é que a chuva volte para amenizar a estiagem no Espírito Santo.