Laura Beatriz e Mara Núbia foram atropeladas enquanto atravessavam a faixa de pedestre na Avenida Carlos Lindenberg, na Glória. A menina morreu
O Ministério Público do Espírito Santo (MPES) denunciou o motorista Wenderson Fagundes Melo de Oliveira, de 20 anos, à Justiça. Ele atropelou a menina Laura Beatriz, de 5 anos e a mãe dela, Mara Núbia, em agosto deste ano.
Com o impacto, Laura foi arremessada com a mãe por cerca de 5 metros. O carro que atingiu as duas era conduzido por Wenderson Fagundes Melo de Oliveira.
Laura morreu após dois dias internada e Núbia, que havia recebido alta, apesar de diversos ferimentos, precisou voltar ao hospital após receber a notícia da morte da filha.
Segundo a denúncia, Wenderson conduzia o veículo a uma velocidade entre 87 km/h e 95 km/h, em um trecho em que o limite permitido era de 60km/h. O teste do bafômetro apontou que ele não consumiu bebida alcoólica, o que significa que ele poderia ver o semáforo vermelho a 140 metros de distância.
Isso, segundo a denúncia, mostra que o suspeito ignorou a sinalização, assumindo conscientemente a possibilidade de causar um acidente.
Logo após o atropelamento, o motorista fugiu do local sem prestar socorro às vítimas.
"A denúncia destaca que, ao conduzir intencionalmente um veículo em alta velocidade e desrespeitar a sinalização, ele utilizou um meio que sabia ser perigoso, expondo a risco um número indeterminado de pessoas, incluindo motoristas e pedestres que transitavam ou estavam nas proximidades da via", informou o MPES por nota.
O MPES solicitou à Justiça que o motorista seja julgado em Tribunal do Júri e condenado pelos crimes de homicídio e tentativa de homicídio.
Em relação à mãe, o motorista foi denunciado com as qualificadoras de uso de recurso que dificultou a defesa da vítima e emprego de meio que gerou perigo comum.
Veja o vídeo do atropelamento:
Em relação à criança, ele foi denunciado com as qualificadoras de emprego de meio que gerou perigo comum e por vitimar menor de 14 anos. Além disso, ele também foi denunciado por omissão de socorro.
À época do atropelamento, o motorista relatou não ter prestado socorro, pois ter ficado com medo de ser linchado pela população. Ele teve a prisão decretada e foi preso numa blitz de trânsito.