BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou nesta terça-feira (8) que a decisão sobre a implementação ou não do horário de verão será tomada no máximo até a próxima semana.
Silveira ainda afirmou que a retomada da medida, que adianta os relógios em uma hora com o intuito de economizar energia elétrica, só será efetivada neste ano "se for imprescindível".
Alexandre Silveira concedeu entrevista a jornalistas em Brasília, após a cerimônia de sanção presidencial da lei do Combustível do Futuro, na Base Aérea, em Brasília.
Silveira disse que está levando as discussões "ao limite" para verificar se será mesmo necessário o horário de verão. "O horário de verão é extremamente transversal. Se for imprescindível, ele será [adotado neste ano], mesmo sabendo que divide opiniões em todo o Brasil", afirmou.
"Se não for imprescindível, nós vamos esperar o período chuvoso. E, se após o período chuvoso nós tivermos os nossos reservatórios, que são pulmão do setor elétrico, restabelecidos à altura, a gente entra ano que vem com maior tranquilidade", completou.
O horário de verão é uma das alternativas na mesa do governo, que também já ampliou autorizações para o funcionamento de usinas termelétricas a gás. A seca também já causou o aumento da bandeira da conta de luz.
No mês passado, o presidente Lula transmitiu ao judiciário a mensagem de que adiaria para depois das eleições municipais a implementação do horário de verão.
A posição foi manifestada após pedido da presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministra Cármen Lúcia, que manifestou a integrantes do governo federal preocupação com a operacionalização das eleições.
RENATO MACHADO