As perspectivas para a safra de café 2025 no Brasil continuam envoltas em incertezas. Apesar do retorno das chuvas, essencial para o desenvolvimento das plantas, a preocupação com o impacto dos longos períodos de seca e altas temperaturas persiste no mercado.
Segundo Gil Barabach, consultor da Safras & Mercado, as recentes precipitações ficaram abaixo do esperado, o que justifica a volatilidade nos preços do café no mercado internacional. No entanto, as previsões indicam um aumento nas chuvas nas próximas semanas, o que pode beneficiar as lavouras. A questão é, segundo ele, se essas chuvas chegarão a tempo de salvar a próxima safra. O especialista destaca, ainda, que a cautela domina o mercado, com produtores e investidores adotando uma postura mais conservadora.
A seca prolongada e as altas temperaturas já causaram danos significativos às lavouras, comprometendo o potencial produtivo da safra 2025. Isso significa que uma safra recorde, como era previsto no início do ano, já não se sustenta, segundo o especialista. O consultor ressalta que o desenvolvimento das floradas e o pegamento dos frutos serão cruciais para definir a produtividade.
As ressalvas prevalecem em relação à produção de arábica, embora possa ser amenizado com o avanço das chuvas e o surgimento das floradas. Já para o conilon/robusta, as perspectivas são mais otimistas, apesar das irregularidades climáticas.