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Saúde

Febre do Oropouche e outras arboviroses desafiam o Espírito Santo


Foto: divulgação

Se você é brasileiro, certamente já sabe que limpar terrenos, caixas d´água e cisternas, não acumular lixo e eliminar a água parada são dicas básicas de prevenção contra dengue, zika e chikungunya. Embora todo mundo esteja cansado de ouvir esses ensinamentos, o Espírito Santo ainda registra um grande número de casos dessas doenças. E a partir deste ano, de mais uma: a febre do Oropouche, que pode ser prevenida da mesma forma.

De acordo com o Painel de Monitoramento de Arboviroses do Ministério da Saúde, o Espírito Santo contabilizou, em 2024, 152,8 mil casos prováveis de dengue, com 40 mortes confirmadas e outras sete em investigação. O coeficiente de incidência no estado é de quase 4 mil casos para cada 100 mil habitantes.

Os dados mostram que, dos 9,6 mil casos de febre do Oropouche registrados no Brasil neste ano, 1.763 ocorreram no Espírito Santo. Em relação aos 363,5 mil casos prováveis de chikungunya, o estado contabiliza 13.309, e entre os 6,4 mil casos prováveis de zika, 516 foram registrados no território capixaba.

Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), em 2023, o Espírito Santo vivenciou a maior epidemia de dengue, com 192.136 casos notificados e 98 óbitos. Desde então, a pasta intensificou as ações de monitoramento das arboviroses (doenças causadas por vírus transmitidos, principalmente, por mosquitos), tanto no controle do vetor, quanto na assistência ao paciente e na educação em saúde com campanhas de marketing nas mídias.

Por meio de nota, a Secretaria explicou que uma das principais estratégias adotadas foi a notificação constante, essencial para a identificação e controle de casos. A medida tem sido intensificada de forma eficaz pelo governo do estado e executada em parceria com os municípios. "A identificação do vírus Oropouche no Espírito Santo, em 2024, é uma evidência de que esse trabalho está sendo realizado de forma pioneira, com o aumento do parque tecnológico do Laboratório Central de Saúde Pública do Estado do Espírito Santo (Lacen/ES) e na sua capacidade de resposta", detalhou.

Outro ponto destacado pela nota é que, desde o ano passado até o momento, a Sesa identificou os sorotipos 1 e 2 do vírus da dengue em circulação e tem ampliado a busca ativa ao registrar todos os casos suspeitos não apenas de dengue, mas também para as outras arboviroses, como zika, chikungunya, febre do Oropouche, febre do Nilo e febre amarela. "Além da notificação, que é fundamental para confirmar ou descartar casos, desde a última epidemia, a Sesa realizou capacitações para profissionais de saúde, tanto de forma presencial quanto on-line", diz a nota.

A Secretaria de Estado da Saúde diz, ainda, que realiza levantamentos rápidos de índices para o Aedes aegypti (LIRAa) nos municípios, uma ferramenta essencial para monitorar a infestação do mosquito. Além disso, tem implantado armadilhas ovitrampas e intensificado o uso de inseticidas em áreas monitoradas para eliminar mosquitos adultos, enquanto os municípios continuam com o controle larvário por meio de larvicidas em criadouros que não podem ser eliminados.

No que diz respeito à vacinação contra a dengue, a pasta informou que 101.153 jovens entre 10 e 14 anos já foram imunizados no Espírito Santo. A Sesa também destacou a importância da participação da população, lembrando que cerca de 80% dos focos do mosquito estão dentro das residências, o que torna fundamental o engajamento de todos na eliminação de possíveis criadouros.

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