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TJES aceita denúncia e 20 envolvidos na operação Follow the Money viram réus

Por Regional ES

13/12/2024 às 07:15:50 - Atualizado há
Tribunal de Justiça do ES - Foto: Divulgação

Os desembargadores do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES) decidiram no fim da tarde desta quinta-feira (12), por unanimidade, receber a denúncia contra os juízes Bruno Fritoli Almeida e Maurício Camata Rangel, além dos demais acusados na Operação Follow the Money (leia os nomes abaixo).

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A denúncia, assinada pelo procurador-geral de Justiça, Francisco Martínez Berdeal, foi apresentada no dia 22 de agosto e detalha um esquema criminoso que envolve corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, organização criminosa e uso de documentos falsos.

De acordo com o Ministério Público do Espírito Santo (MPES), os atos ilícitos causaram um prejuízo material superior a R$ 17 milhões. Além da responsabilização penal, o MPES solicitou o pagamento de mais de R$ 34 milhões a título de dano moral coletivo.

Veja a lista de acusados que se tornaram réus

Bruno Fritoli Almeida

Claudio Marcio Mothé Cruzeiro

Denison Chaves Metzker

Eraldo Arlindo Vera Cruz

Gabriel Martins de Oliveira

Hayalla Esperandio

João Autimio Leão Martins

José Joelson Martins de Oliveira

Juarez José Campos

Luam Fernando Giuberti Marques

Luana Esperandio Nunes de Souza

Luiz Antônio Esperandio

Maurício Camatta Rangel

Mauro Pansini Junior

Ricardo Nunes de Souza

Vaguiner Coelho Lopes

Vicente Santório Filho

Veldir José Xavier

Victor Hugo De Mattos Martins

Wisley Oliveira da Silva

Entenda a operação

Deflagrada em 1º de agosto, a Operação Follow the Money mobilizou a Procuradoria-Geral de Justiça, os Grupos de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaecos Central e Norte) e a Polícia Militar.

A operação cumpriu sete mandados de prisão preventiva, 30 de busca e apreensão, dois de afastamento de agentes públicos, além de 13 ordens de suspensão do exercício profissional e outras medidas restritivas, como monitoramento eletrônico e proibição de acesso a órgãos públicos.

As investigações, conduzidas por nove membros do Ministério Público com o apoio de 97 policiais, revelaram evidências do envolvimento dos denunciados em práticas criminosas relacionadas à fraude de ajuizamento de ações protocoladas na Comarca de Barra de São Francisco.

A organização atuava com o trabalho de quatro grupos, sendo o primeiro denominado núcleo familiar, que era responsável pela lavagem dos valores com altas transferências entre si e pagamento dos demais integrantes da organização. O núcleo dois, "Partes/Advogados", era responsável pelo ingresso das ações fraudulentas simulando as lides. O núcleo três era o "Terceiros Envolvidos" e destacava-se pelos altos valores em movimentação bancária, enquanto o quarto núcleo, denominado de "Judiciário", destacava-se pela atuação imprescindível e necessária de colaboradores da Justiça.

Desta maneira, os envolvidos praticavam diversas infrações penais, como os crimes de associação criminosa, lavagem de capitais, corrupção ativa e passiva, falsificação de documento público e particular, dentre outros.

Fonte: ES Hoje
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