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Fiocruz: Onda de covid-19 causada pela variante Ômicron está acabando

Dados constantes do boletim divulgado pelo Observatório nesta sexta-feira, 8, indicam que se mantém a tendência de queda de indicadores de incidência e mortalidade por covid-19

Por Regional ES em 14/04/2022 às 10:18:47

Foto: Divulgação/NIAID

A "terceira onda" da epidemia de covid-19 no Brasil, provocada pela disseminação da variante Ômicron, está em fase de extinção, segundo pesquisadores que compõem o Observatório covid-19 da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Dados constantes do boletim divulgado pelo Observatório nesta sexta-feira, 8, indicam que se mantém a tendência de queda de indicadores de incidência e mortalidade por covid-19.

CRICARE

O documento analisa dados de 20 de março a 2 de abril (semanas epidemiológicas 12 e 13 de 2022) e destaca que, pela primeira vez desde maio de 2020, nenhum estado do Brasil superou a marca de 0,3 óbito por 100 mil habitantes.

"Os dados permitem afirmar que a terceira onda epidêmica no Brasil, com o predomínio da Ômicron entre os casos, está em fase de extinção", registra o documento.

A tendência de queda se reflete também nos casos de Síndrome Respiratória Aguda (SRAG) por covid-19. Nas fases mais críticas da pandemia, 98% das internações por SRAG eram positivas para covid-19. Atualmente, essa proporção está em 50,7%. Outro indicador estratégico, a taxa de letalidade por covid-19, permaneceu em valor próximo a 0,8%.

Ao longo de 2021 esses valores oscilavam entre 2% e 3%. Foram reduzidos para 0,2% no início de 2022 e em março passaram para 1%. A redução desse indicador, observada durante a terceira onda epidêmica, é atribuída principalmente à vacinação de grande parte da população-alvo e à menor gravidade da infecção pela Ômicron.

Em um país continental como o Brasil, com diversas realidades regionais, eles defendem a ampliação da vacinação, para atingir as regiões com baixa cobertura. Também chamam a atenção para a necessidade da continuidade do uso de máscaras em ambientes fechados.

Outro desafio estratégico, de acordo com a análise, é a readequação do sistema de saúde. A orientação é aproveitar esse período de menor transmissão da covid-19 para atender as demandas represadas durante as fases de alta de casos. Entre as iniciativas sugeridas estão a capacitação profissional para atividades de vigilância e cuidado, o reforço da atenção primária de saúde e o atendimento de síndromes pós-covid-19.

Em relação aos óbitos, metade dos eventos foi registrada em pessoas com no mínimo 74 anos. Na visão dos cientistas, isso reforça a ideia de que a população, principalmente a mais longeva, possui maior vulnerabilidade às formas graves e fatais da covid-19.

Ainda quanto aos óbitos, o estudo mostra que a variabilidade em torno da idade média aumentou durante esta fase da pandemia. Ao mesmo tempo em que casos graves e fatais estão concentrados nas idades mais avançadas, cresce a contribuição de grupos mais jovens, principalmente de crianças, no total do número de casos.

O que ocorre é uma maior contribuição relativa dos grupos extremos da pirâmide etária para as internações e óbitos, especialmente das crianças". Entretanto, a manutenção da letalidade no grupo de 80 anos ou mais é motivo de preocupação, de acordo com o estudo.

Segundo os cientistas, esse fato reforça a necessidade de vacinar aqueles que ainda não tomaram a terceira dose, assim como a aplicação da quarta dose naqueles elegíveis.

O cenário relativo às taxas de ocupação de leitos de UTI SRAG/covid-19 apresentado pelo país no último dia 4 de abril é semelhante aos dados obtidos em 21 de março, que sinalizaram que todos os estados e o Distrito Federal estavam com taxas inferiores a 60% pela primeira vez desde julho de 2020.

Segundo o Boletim, isso ratifica o arrefecimento da carga colocada pela covid-19 sobre o sistema de saúde e principalmente sobre os leitos de alta complexidade.

O Boletim observa que as taxas de ocupação de leitos de UTI/SRAG parecem deixar de ser um indicador significativo e comparações no decorrer do tempo requerem cautela.

"Aumentos nas taxas de ocupação podem não indicar propriamente aumento nas internações por covid-19, mas refletir a redução do número de leitos ou mesmo o uso dos leitos no atendimento de outros problemas de saúde", afirmam os pesquisadores.

Para os pesquisadores, o atual cenário sinaliza redução gradual dos principais impactos da pandemia, com diminuição do número de casos graves, internações e óbitos. Mas eles alertam que esse quadro não significa o fim da pandemia e pode ser alterado caso surjam novas variantes mais letais ou que escapem da imunidade provocada pelas vacinas contra a covid-19.

A tendência de queda se reflete também nos casos de Síndrome Respiratória Aguda (SRAG) por covid-19. Nas fases mais críticas da pandemia, 98% das internações por SRAG eram positivas para covid-19. Atualmente, essa proporção está em 50,7%. Outro indicador estratégico, a taxa de letalidade por covid-19, permaneceu em valor próximo a 0,8%.

Ao longo de 2021 esses valores oscilavam entre 2% e 3%. Foram reduzidos para 0,2% no início de 2022 e em março passaram para 1%. A redução desse indicador, observada durante a terceira onda epidêmica, é atribuída principalmente à vacinação de grande parte da população-alvo e à menor gravidade da infecção pela Ômicron.

Em um país continental como o Brasil, com diversas realidades regionais, eles defendem a ampliação da vacinação, para atingir as regiões com baixa cobertura. Também chamam a atenção para a necessidade da continuidade do uso de máscaras em ambientes fechados.

Outro desafio estratégico, de acordo com a análise, é a readequação do sistema de saúde. A orientação é aproveitar esse período de menor transmissão da covid-19 para atender as demandas represadas durante as fases de alta de casos. Entre as iniciativas sugeridas estão a capacitação profissional para atividades de vigilância e cuidado, o reforço da atenção primária de saúde e o atendimento de síndromes pós-covid-19.

Em relação aos óbitos, metade dos eventos foi registrada em pessoas com no mínimo 74 anos. Na visão dos cientistas, isso reforça a ideia de que a população, principalmente a mais longeva, possui maior vulnerabilidade às formas graves e fatais da covid-19.

Ainda quanto aos óbitos, o estudo mostra que a variabilidade em torno da idade média aumentou durante esta fase da pandemia. Ao mesmo tempo em que casos graves e fatais estão concentrados nas idades mais avançadas, cresce a contribuição de grupos mais jovens, principalmente de crianças, no total do número de casos.

O que ocorre é uma maior contribuição relativa dos grupos extremos da pirâmide etária para as internações e óbitos, especialmente das crianças". Entretanto, a manutenção da letalidade no grupo de 80 anos ou mais é motivo de preocupação, de acordo com o estudo.

Segundo os cientistas, esse fato reforça a necessidade de vacinar aqueles que ainda não tomaram a terceira dose, assim como a aplicação da quarta dose naqueles elegíveis.

O cenário relativo às taxas de ocupação de leitos de UTI SRAG/covid-19 apresentado pelo país no último dia 4 de abril é semelhante aos dados obtidos em 21 de março, que sinalizaram que todos os estados e o Distrito Federal estavam com taxas inferiores a 60% pela primeira vez desde julho de 2020.

Segundo o Boletim, isso ratifica o arrefecimento da carga colocada pela covid-19 sobre o sistema de saúde e principalmente sobre os leitos de alta complexidade.

O Boletim observa que as taxas de ocupação de leitos de UTI/SRAG parecem deixar de ser um indicador significativo e comparações no decorrer do tempo requerem cautela.

"Aumentos nas taxas de ocupação podem não indicar propriamente aumento nas internações por covid-19, mas refletir a redução do número de leitos ou mesmo o uso dos leitos no atendimento de outros problemas de saúde", afirmam os pesquisadores.

Fonte: (Redação Folha Vitória)

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