Os casos de hepatite aguda grave em crianças têm deixado médicos em alerta ao redor do mundo. Detectada em pelo menos 12 países, principalmente os europeus, a doença preocupa pelo receio de uma epidemia. Israel e Estados unidos também registraram casos da doença. Além disso, a origem da inflamação que atinge o fígado ainda é desconhecida.
As crianças que adoeceram têm entre 1 mês e 16 anos, mas a maioria é menor de 10 anos de idade.
No dia 15 deste mês, a Organização Mundial de Saúde, emitiu um alerta sobre os episódios de hepatite aguda grave. Até o momento, uma criança morreu vítima da doença. Aproximadamente 190 casos foram registrados até agora, segundo dados da OMS.
Ainda de acordo com o órgão, 17 crianças precisaram passar por transplante de fígado por causa da doença misteriosa.
Por enquanto, a probabilidade maior é de que a doença tenha sido desencadeada por uma causa infecciosa, porém não foi estabelecido vínculo com alimentos tóxicos ou contaminados.
Pediatras do ES em alerta
Segundo a pediatra Roberta Fragoso, os médicos estão atentos às recomendações e informações emitidas pelas comunidades internacionais, acompanhando de perto todos os dados epidemiológicos apresentados.
"A hipótese que vem sendo apresentada é que essa hepatite seja decorrente de um tipo de vírus chamado adenovírus. Esse mecanismo de como o vírus provoca essa injúria pode ser especificamente pelo próprio vírus, mediando essa inflamação e levando, então, a morte dessas células no fígado, que a gente chama de necrose hepática ou até com um mecanismo que seja imunologicamente mediado", explicou a médica.
Roberta disse ainda que os registros deverão ser acompanhados caso venham a ocorrer no Espírito Santo.
O que é a hepatite e quais os sintomas em crianças
Entre os sintomas, de acordo com Roberta Fragoso, estão vômito, diarreia, fezes pálidas ou esbranquiçadas, urina mais escura, náusea e às vezes febre, além dos olhos amarelados.
Como prevenir?
No caso das hepatites A e B, existem vacinas que ajudam a proteger contra as doenças e inclusive fazem parte do programa nacional de imunização.
Ensinar as crianças a fazerem a higiene corretamente também é fundamental para evitar a doença.
Portanto, lavar as mãos com frequência e de maneira correta afasta o risco de adoecer.
VEJA DICAS DE COMO REFORÇAR CUIDADOS BÁSICOS
- Lavar frutas, verduras e legumes em água corrente. Após isso, deixar de molho em uma solução com 1 colher (sopa) de água sanitária (2 a 2,5% de cloro ativo) para 1 litro de água. Em seguida, enxugar em água corrente;
- Lavar bem as mãos antes das refeições;
- Ingerir apenas água filtrada e fervida
Redação Folha Vitória