Produto é feito a base de tambaqui, espécie comum na bacia amazônica. Alunos e professores do curso de engenharia agronômica também desenvolveram linguiça, hambúrguer e carne defumada a partir do peixe. Salame de tambaqui é mais saudável e evita desperdício
Um salame diferente, que promete ser mais saudável e barato. Essa é a proposta dos pesquisadores do Instituto Federal do Tocantins (IFTO), que criaram um produto à base de peixe. O salame desenvolvido no laboratório de alimentos da instituição é feito com tripa de colágeno e fica cerca de 40 dias no congelador para ser maturado. A expectativa é que a novidade seja comercializada nos estabelecimentos do Tocantins.
O salame é feito de tambaqui, peixe comum encontrado na bacia amazônica e do qual se aproveitam a carne e o óleo. Os estudantes e professores do curso de engenharia agronômica também desenvolveram a linguiça, hambúrguer e até carne defumada feitos a partir da espécie. Os produtos estão sendo apresentados na 22ª Feira Agrotecnológica do Tocantins (Agrotins).
"A ideia é produzir um salame de peixe, um salame que seja de boa qualidade, muito mais saudável do que o salame suíno que tem muita gordura e muito sódio. Apresentar para o consumidor a possibilidade de um salame de qualidade muito melhor", explicou o professor de produção animal do IFTO, Otávio Cabral Neto.
Salame de tambaqui é mais saudável e evita desperdício
Reprodução/TV Anhanguera
A estudante do curso, Kamilla Arruda, faz parte da equipe que desenvolveu a iguaria e explicou que o objetivo é também evitar desperdício.
"A gente separou a polpa e o filé para juntar e fazer em porcentagens diferentes os salames e fazer uma análise sensorial para ver se ele iria ficar exatamente como o de filé. Porque a finalidade é essa, que o de polpa fique exatamente como o de filé e a gente possa inserir no mercado dessa forma".
Depois de embalado na tripla de colágeno, o salame precisa ser maturado por cerca de 40 dias no freezer até estar no ponto de ser consumido. O alimento fica envolto por uma camada branca, responsável por conservar o produto e intensificar o sabor.
"Utilizamos vários temperos, corantes para ele chegar a essa tonalidade e utilizamos uma tripa de colágeno. Nós moemos esse filé, misturamos com o tempero, colocamos no triturador para moer, colocamos na tripa e deixamos no freezer", relatou a Kamilla.
"Eu consigo abaixar o preço, trazer um produto comercial e eu tenho certeza de qual é a concentração que o consumidor entenda que é a melhor para esse produto. A ideia é fazer um produto para a venda", finalizou o professor Otávio.
Salame de tambaqui é mais saudável e evita desperdício
Reprodução/TV Anhanguera
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