Ao todo, 2.439 teriam se rendido. Foi o fim do cerco mais destrutivo da guerra, que começou há quase três meses. O presidente da Ucrânia disse que a única saída para o conflito é a diplomacia. Rússia anuncia retirada dos últimos combatentes ucranianos da usina de Mariupol
Tropas russas intensificaram, neste sábado (21), os ataques no leste da Ucrânia, enquanto o presidente ucraniano propôs novas negociações de paz.
Agora o presidente ucraniano quer voltar a conversar. Neste sábado, Volodymyr Zelensky declarou que a única forma de acabar com a guerra é a diplomacia. Só que ele diz que não se senta à mesa de negociação sem antes salvar os seus soldados que estavam na siderúrgica de Azovstal e que agora são prisioneiros dos russos.
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Moscou está avaliando a troca deles, ou de alguns deles, pelo oligarca Viktor Medvedchuk, político e empresário ucraniano que está preso, acusado de planejar um governo pró-Rússia.
O Ministério da Defesa de Vladimir Putin anunciou que o último grupo de 531 combatentes deixou a usina siderúrgica. Ao todo, 2.439 teriam se rendido. Foi o fim do cerco mais destrutivo de uma guerra que começou quando a Rússia invadiu a Ucrânia, há quase três meses.
Um vídeo do ministério russo mostra uma fila de homens desarmados se aproximando de soldados russos, do lado de fora da fábrica. Os russos revistaram cuidadosamente cada homem e seus pertences, e também pareciam pedir aos soldados ucranianos que mostrassem as tatuagens.
Moscou chama o regimento Azov de nazista. A unidade, formada em 2014 como uma milícia para combater separatistas apoiados pela Rússia, nega. A Ucrânia os define como heróis.
A vice-ministra das Relações Exteriores da Ucrânia, Emine Zheppar, publicou nas redes um vídeo que mostra soldados russos conduzindo a retirada forçada de civis de Mariupol para territórios controlados pela Rússia.
O primeiro-ministro de Portugal, António Costa, chegou a Kiev na manhã deste sábado. Ele afirmou que a visita "é em sinal de solidariedade com a Ucrânia e seu povo, frente à barbárica agressão russa".
Neste sábado, a Rússia cortou o fornecimento de gás natural à Finlândia, porque o governo de Helsinque não quis pagar a conta em rublos, a moeda russa. O gás russo representa só 5% do consumo finlandês, mas Putin promete outra resposta ao país nórdico, que quer entrar para a Otan, a aliança militar do Ocidente.
Enquanto isso, o plano de paz apresentado pela Itália à ONU ganha apoio de países da União Europeia e da Ucrânia. A proposta prevê quatro etapas: a primeira é um cessar-fogo e a última, um novo acordo multilateral de segurança e paz no continente.