A AgĂȘncia Nacional de Vigilância SanitĂĄria (Anvisa) divulgou uma nota nesta terça-feira (24) esclarecendo as recomendações feitas pela agĂȘncia para retardar a entrada do vĂrus da varĂola dos macacos no Brasil. Segundo a Anvisa, foram apenas reforçadas a adoção das medidas que jĂĄ estão em vigĂȘncia em aeroportos e em aeronaves e que são destinadas a proteger "o indivĂduo e a coletividade não apenas contra a covid-19, mas também contra outras doenças."
Na nota, a Anvisa esclarece que não recomendou o "isolamento" como uma medida para o enfrentamento à varĂola dos macacos.
"De acordo com a Organização Mundial da SaĂșde (OMS), a varĂola do macaco pode ser transmitida aos seres humanos através do contato próximo com uma pessoa ou animal infectado, ou com material contaminado com o vĂrus. O vĂrus pode ser transmitido de uma pessoa para outra por contato próximo com lesões, fluidos corporais, gotĂculas respiratórias e materiais contaminados, como roupas de cama", diz a nota.
A Anvisa informou que atua consoante com as ações das agĂȘncias internacionais e de organismos mundias de saĂșde e que permanece monitorando a evolução dos casos da varĂola dos macacos, mantendo um contato constante com o Ministério da SaĂșde. "Tão logo se justifique, serão propostas as medidas sanitĂĄrias, quando cabĂveis, em aditamento às regras existentes e vigentes no Brasil."
A varĂola de macaco é uma doença pouco conhecida porque a incidĂȘncia é maior na África. Até o momento, segundo a Organização Mundial da SaĂșde (OMS) hĂĄ 131 casos confirmados de varĂola dos macacos, registrados fora do continente africano e 106 outros casos suspeitos, desde que o primeiro caso foi relatado em 7 de maio.
Diante do quadro, o Ministério da SaĂșde criou uma sala de situação para monitorar o cenĂĄrio da varĂola dos macacos no Brasil. A medida, anunciada pela pasta na noite desta segunda-feira (23), tem como objetivo elaborar um plano de ação para o rastreamento de casos suspeitos e na definição do diagnóstico clĂnico e laboratorial para a doença.
"Até o momento, não hĂĄ notificação de casos suspeitos da doença no paĂs", informou o Ministério da SaĂșde, em nota. A pasta afirma que encaminhou aos estados um comunicado de risco sobre a patologia, com orientações aos profissionais de saĂșde e informações disponĂveis até o momento sobre a doença.
Fonte: AgĂȘncia Brasil