Os dados se referem ao período de 15 a 21 de maio, mas de acordo com o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe, essa propensão vem sendo observada desde a semana de 24 a 30 de abril. Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos como resultado positivo para vírus respiratórios foi de 3,5% para Influenza A; 0,4% para Influenza B; 30,1% para Vírus Sincicial Respiratório (VSR); e 48,1% para Sars-CoV-2. Entre os óbitos, a presença destes mesmos vírus entre os positivos foi de 1,4% para Influenza A; 0% Influenza B; 6,6% para VSR; e 84% para Sars-CoV-2.
Em nível nacional, os casos notificados de SRAG, apresentam sinal forte de crescimento nas tendências de longo prazo (últimas seis semanas) e de curto prazo (últimas três semanas). "O sinal de crescimento recente está presente em faixas etárias da população adulta", ressalta Gomes.
Em crianças de zero a 4 anos, continua a predominância do Vírus Sincicial Respiratório, seguido dos casos de rinovírus, Sars-CoV-2 e metapneumovírus. Nas demais faixas etárias, o Sars-CoV-2 é predominante entre os casos com identificação laboratorial. No Rio Grande do Sul, observa-se presença de casos positivos para Influenza A (gripe) em diversas faixas etárias nas semanas recentes, com sinal de possível crescimento, ainda que em volume relativamente baixo.
No que se refere ao ano epidemiológico 2022, já foram notificados 141.808 casos de SRAG, sendo 72.092 (50,8%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 50.753 (35,8%) negativos e ao menos 11.521 (8,1%) aguardando resultado laboratorial. Dados de positividade para semanas recentes estão sujeitos a grandes alterações em atualizações seguintes por conta do fluxo de notificação de casos e inserção do resultado laboratorial.Dentre os casos positivos do ano corrente, 5,1% são Influenza A; 0,1%, Influenza B; 8,1%, VSR; e 81,5%, Sars-CoV-2.