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Mais de 3,5 mil dependentes químicos buscaram ajuda neste ano no ES

Entre as pessoas registradas pelo poder público no Espírito Santo como usuárias de drogas, cerca de 27% são mulheres


Foto: Reprodução/ Pexels

A dependência química pode trazer sérias consequências para vida do usuário e de todos aos seu redor. Na madrugada desta quinta-feira (26), uma usuária de crack deixou o filho recém-nascido nas mãos de um morador de rua, em Cariacica, quando fugia da polícia. Assustado, o homem entregou o bebê para uma mulher, que posteriormente, foi encaminhado ao Conselho Tutelar.

O psiquiatra Vicente Ramatis afirma que as drogas se tornaram uma epidemia com graves consequências para a saúde mental da população.

"A droga, principalmente o crack, agrava e muito os quadros de psicose. Para um paciente em estado de psicose, a realidade dele é delirante, não condiz com os fatos que estão acontecendo", explicou.

Segundo dados da Secretaria de Direitos Humanos do Espírito Santo, entre janeiro e abril deste ano, 3.514 dependentes químicos buscaram ajuda nos serviços de saúde e assistência social do Estado e dos municípios. No ano passado inteiro, foram quase 10 mil.

Para ajudar os dependentes químicos no processo de reabilitação, várias organizações desenvolvem ações sociais. Uma entidade de Cariacica ligada a uma igreja, por exemplo, funciona como internato de mulheres há 15 anos. Elas ficam no local por um período de seis a nove meses.

O pastor Janiel Rafael dos Santos explica que as dependentes passam pela desintoxicação, fazem trabalhos manuais e depois são encaminhadas para o mercado de trabalho.

Além de iniciativas de ONGs e entidades privadas, o Governo do Estado tem uma rede de atenção ligada aos municípios. A gerente de articulação da Subsecretaria de Políticas Sobre Drogas, Nathalia Borba Raposo, destacou que há três centros de acolhimento no Estado: um em Vitória, um em Cachoeiro de Itapemirim e outro em Linhares.

"O Caad é um serviço público, de portas abertas, você não precisa de um encaminhamento para procurá-lo. A gente pode fazer encaminhamentos para a rede de cuidados, podemos fazer o acompanhamento ambulatorial, podemos fazer o encaminhamento para internações quando necessário e podemos fazer acolhimento e atividades terapêuticas", disse.

*Com informações do repórter Alex Pandini, da TV Vitória/Record TV.

Redação Folha Vitória

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