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RIO GRANDE DO SUL

'Primeiro sentimento é de impotência, além do espanto', diz vereadora que recebeu vídeo de homem se masturbando

Luirce Paz (Podemos) registrou um boletim de ocorrência e denunciou abuso nas redes sociais após transmissão ao vivo pela internet na terça (24). Partido afirma que está tomando providências contra ato 'machista e misógino'.


Vereadora Luirce Paz denunciou nas redes sociais assédio sofrido — Foto: Arquivo Pessoal

Horas depois de disponibilizar seu telefone para denúncias referentes ao serviço de saúde na cidade de Cruz Alta, no Noroeste do RS, durante uma live na terça-feira (24), a vereadora Luirce Paz (Podemos), recebeu um vídeo pelo WhatsApp no qual um homem se masturba e ejacula sobre uma foto dela.

O caso foi registrado em boletim de ocorrência na Polícia Civil e é encarado como uma violência política de gênero pela parlamentar. O g1 tentou contato com o delegado responsável pelo caso, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem.

"Por ser uma mulher em um espaço de poder, por poder fazer algo pelas pessoas, a gente sofre", avalia a vereadora.

Na terça, Luirce fazia uma transmissão ao vivo de dentro de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e disponibilizou o telefone para que os moradores encaminhassem suas reclamações. Na quinta (26), ela conta que recebeu uma mensagem de um número desconhecido, com código internacional do México, em que o abusador envia o vídeo de 21 segundos seguido da mensagem: "eu tenho uma reclamação!".

"O que deu para perceber? Que foi alguém que assistiu a live, que teve essa vinculação de cunho político, uma violência de gênero, uma ameaça velada, muito discreta, no sentido de 'cale-se', foi isso que deu a entender [...] Já está em investigação na Polícia Civil e entramos em contato com o MPF, porque sabemos que tem o programa de rastreio de números Nextel. Para que seja apurado, eu quero saber, sim, quem fez essa barbaridade.", diz a vereadora.
Boletim de ocorrência registrado na Polícia Civil — Foto: Reprodução

Segundo a parlamentar, casos como esse afastam mulheres da política e de posições de representatividade. Ela diz que seu primeiro sentimento foi de impotência:

"Acredito que, quando falamos sobre o assunto, quando o partido se manifesta, quando os veículos de comunicação dão espaço, outras mulheres se encorajam. As mulheres na política não estão sozinhas e não podem desistir com esse tipo de fato. Vou confessar, na hora tu pensa 'o que eu estou fazendo? o que eu estou fazendo de errado?'. Quantos relatos eu recebi de denúncias de mulheres que foram violentadas e agredidas sexualmente, de forma virtual ou física, no trabalho, na família. Mostra o quanto precisamos falar da violência contra a mulher, que é muito recorrente", ressalta.

G1

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