Governo de Brooklyn Center também concordou em fazer mudanças nas políticas de abordagens e treinamentos dos agentes de segurança da cidade
A cidade de Brooklyn Center, no estado americano de Minnesota, concordou em pagar US$ 3,25 milhões de indenização à família de Daunte Wright, jovem negro morto por uma policial branca durante uma abordagem de trânsito no ano passado. Conforme a defesa dos familiares, o governo também concordou em fazer mudanças nas políticas e treinamentos do policiamento local.
"Esperamos que famílias negras, pessoas de cor e todos os moradores se sintam mais seguros agora no Brooklyn Center por causa das mudanças que a cidade deve fazer para atender nossas reivindicações", disseram os pais de Wright, Katie e Arbuey, em comunicado.
O acordo também prevê que seja estabelecido um memorial permanente para Wright no local onde hoje há uma homenagem provisória.
Kim Potter, ex-policial responsável pelo tiro que matou o jovem de 20 anos, foi condenada a dois anos de prisão em fevereiro. Ela trabalhava há 26 anos na corporação e alegou que confundiu uma arma de choque com uma pistola e atirou no rapaz.
Um vídeo da câmera de um dos agentes que trabalhava com Potter mostrou os policiais puxando Wright para fora de seu carro depois de pará-lo por uma infração de trânsito. Wright reage após ser algemado e a agente grita "taser, taser" — os policiais são orientados a gritar que estão disparando o choque antes. Em seguida, ela grita "meu Deus, eu atirei nele", enquanto o jovem ferido está no banco do carro.
A morte de Wright gerou uma onda de protestos e aconteceu em meio ao julgamento do ex-policial de Minneapolis Derek Chauvin, que foi condenado pelo assassinato em maio de 2020 de George Floyd, também negro. O caso Floyd se tornou um símbolo da luta antirracista pelo mundo.