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Caso Daunte Wright: Família de jovem negro morto por policial nos EUA vai receber US$ 3,25 milhões de indenização

Governo de Brooklyn Center também concordou em fazer mudanças nas políticas de abordagens e treinamentos dos agentes de segurança da cidade

Por Regional ES

22/06/2022 às 14:25:58 - Atualizado há
Daunte Wright, de 20 anos, foi morto em abordagem policial nos EUA. Na foto, celebra 1 anos do filho Reprodução/Redes Sociais

A cidade de Brooklyn Center, no estado americano de Minnesota, concordou em pagar US$ 3,25 milhões de indenização à família de Daunte Wright, jovem negro morto por uma policial branca durante uma abordagem de trânsito no ano passado. Conforme a defesa dos familiares, o governo também concordou em fazer mudanças nas políticas e treinamentos do policiamento local.

"Esperamos que famílias negras, pessoas de cor e todos os moradores se sintam mais seguros agora no Brooklyn Center por causa das mudanças que a cidade deve fazer para atender nossas reivindicações", disseram os pais de Wright, Katie e Arbuey, em comunicado.

O acordo também prevê que seja estabelecido um memorial permanente para Wright no local onde hoje há uma homenagem provisória.

Kim Potter, ex-policial responsável pelo tiro que matou o jovem de 20 anos, foi condenada a dois anos de prisão em fevereiro. Ela trabalhava há 26 anos na corporação e alegou que confundiu uma arma de choque com uma pistola e atirou no rapaz.

Um vídeo da câmera de um dos agentes que trabalhava com Potter mostrou os policiais puxando Wright para fora de seu carro depois de pará-lo por uma infração de trânsito. Wright reage após ser algemado e a agente grita "taser, taser" — os policiais são orientados a gritar que estão disparando o choque antes. Em seguida, ela grita "meu Deus, eu atirei nele", enquanto o jovem ferido está no banco do carro.

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A polícia disse que Wright foi parado por estar dirigindo um carro com a documentação vencida. Na época, porém, a mãe do jovem informou a jornalistas que o filho ligou para ela quando foi parado pela polícia dizendo que a infração dele era estar usando desodorizadores de ar pendurados no retrovisor — o que é proibido no estado. Ela afirmou que pôde ouvir a policial pedindo para o filho sair do veículo.

A morte de Wright gerou uma onda de protestos e aconteceu em meio ao julgamento do ex-policial de Minneapolis Derek Chauvin, que foi condenado pelo assassinato em maio de 2020 de George Floyd, também negro. O caso Floyd se tornou um símbolo da luta antirracista pelo mundo.

Fonte: O Globo
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