A advogada Elieni Prado Vieira, de 56 anos, morreu 27 dias após fazer uma lipoaspiração em Brasília, no Distrito Federal. Segundo informações do G1, ela fez o procedimento estético no dia 19 de maio com um cirurgião plástico em um hospital localizado do Lago Sul. Porém, no terceiro dia pós-operatório, apresentou sangramento e mal-estar.
Além da lipo, no mesmo dia, Elieni fez procedimentos estéticos de abdominoplastia e hérnia umbilical. Os exames realizados antes da operação indicaram que ela estava apta a fazer todas as cirurgias.
De acordo com a filha da advogada, Gabriela Prado Vieira, 22, Elieni estava bem e recebeu alta hospitalar por volta das 16h, do dia 20 de maio. Entretanto, para desespero da família, no dia seguinte ela começou a apresentar um quadro de mal-estar, palidez e falta de ar. Após dois dias, ela começou a vomitar sangue.
Segundo Gabriela, no dia 24 de maio, Elieni foi até o consultório do médico que a operou e passou por uma rápida avaliação. "Ele falou que estava tudo bem, que aquilo era decorrente da cirurgia, que ela ia ficar daquele jeito mesmo, por uns15 dias", conta Gabriela.
"Ele disse que pela quantidade de sangue que ela perdeu, era normal se sentir daquela forma. Pensamos em levar ela no pronto-socorro de algum hospital, mas o médico disse que não era pra fazer isso, porque iam indicar alguma infecção e ia precisar entubar e que não era necessário. Acreditamos nele", diz Gabriela.
No dia 30 de maio, o policial militar e filho de Elieni, Filipe Vieira Prado, 27, entrou em contato com a secretária do cirurgião, mais uma vez, pedindo um hemograma para sua mãe. Porém, decidiu levá-la em outra clínica.
"Esse outro médico pediu para levarmos minha mãe urgente em um pronto-socorro. Chegando lá, no Hospital Anchieta, ela foi internada já com anemia profunda. Ela se manteve viva por mais 15 dias", conta o policial.
Com o passar dos dias, o quadro de Elieni só piorava, segundo seu filho e, no dia 14 de junho, ela veio a óbito após passar 15 dias internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Anchieta, em Taguatinga. A família registrou Boletim de Ocorrência e denunciou o médico por negligência.
"No relatório médico consta que uma úlcera havia se rompido. Mas nos exames pré-operatórios não tinha nada disso. A gente acredita que ou essa úlcera apareceu nesse curto período de tempo, ou, realmente, houve erro médico durante a cirurgia e uma perfuração", explicou o policial.
Tribuna Online