Número de pessoas pobres e extremamente pobres no Espírito Santo é o maior em 10 anos
Mais de um milhão de pessoas vivem na linha da pobreza ou extrema pobreza no Espírito Santo. O número de pobres e extremamente pobres no Estado é o maior em 10 anos.
"A linha que utilizamos para classificar o que é pobreza e extrema pobreza é muito acima do que o Governo Federal usa. Portanto, o número de pobres e de extremamente pobres apontados pelo nosso trabalho é bem maior do que os das pesquisas que o Governo Federal utiliza", reforçou o diretor-presidente do IJNS, Daniel Cerqueira.
Já as pessoas consideradas na linha da pobreza, somam mais de um milhão no Espírito Santo. Essas pessoas viviam com até R$ 486,70, por pessoa da família, por mês, o que corresponde a mais de um quarto da população capixaba.
Uma das consequências do aumento da pobreza no Espírito Santo são regiões antes desocupadas, agora com moradores em residências precárias, sem o básico. É o que acontece em Nova Jabaeté, em Vila Velha.
O Congresso Nacional aprovou na última quarta-feira (13), a chamada PEC dos Benefícios, ampliando o Auxílio Brasil em R$ 600 até dezembro, para atender famílias pobres e extremamente pobres.
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EXTREMAMENTE POBRES NO ESPÍRITO SANTO EM 2021:
2019: 3,6% da população
2020: 3,8% da população
2021: 6,7% da população
POBRES NO ESPÍRITO SANTO EM 2021:
2019: 20,2% da população
2020: 18,7% da população
2021: 26,3% da população
O Governo do Estado argumenta que disponibilizou R$ 136 milhões em 2021 em programas de transferência de renda. Cerca de 35 mil famílias que não têm ajuda do Governo Federal recebem o Bolsa Capixaba, que tem valor médio de R$ 200. Ainda assim, os números mostram que as ações não são suficientes.
"Para que a gente possa obter sucesso e reduza realmente esses números, os investimentos precisam ser também do Governo Federal. E não apenas em transferência de renda, mas na manutenção dos serviços que darão continuidade e assistência à todas essas famílias que se encontram neste perfil", explicou a secretária de Estado de Trabalho, Assistência e Desenvolvimento Social do Espírito Santo, Cyntia Figueira.
* Com informações do repórter Lucas Pisa, da TV Vitória/Record TV