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Espirito Santo

Assédio sexual: 21 denúncias são investigadas em escolas estaduais do ES


Todas as queixas feitas por crianças e adolescentes devem ser investigadas, alerta pedagoga. Crédito: Shutterstock

O Espírito Santo tem 21 casos suspeitos de assédio sexual em escolas públicas da rede pública estadual sendo investigados pela Secretaria de Estado da Educação até o momento, segundo levantamento feito junto à Sedu.

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Na última semana, um ex-vereador e professor de uma escola de Conceição da Barra, no Norte do Estado, foi autuado em flagrante e preso suspeito de abusar sexualmente de pelo menos três alunas em uma escola do município onde ele dá aula após denúncias registradas pelos pais das vítimas.

Já nesta semana, o professor de uma escola estadual do bairro Coqueiral, em Aracruz, também na Região Norte, foi denunciado por assediar alunas e o caso é investigado pela Polícia Civil. O abuso foi registrado em mensagens de WhatsApp trocadas entre alunas e o professor, em que o homem faz "elogios" e brincadeiras com as adolescentes. O profissional foi afastado da instituição de ensino.

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"Esse é um dado deplorável. Isso não tem que acontecer, principalmente se tratando do âmbito da educação. É um número que não tem que existir. Temos duas hipóteses: temos o número de abusos aumentando ou temos mais alunos conscientes de que realmente é um abuso. Não é brincadeira, não é elogio. Essa consciência dos alunos é importante, assim como a observação dos sinais pelas famílias em casa", diz a pedagoga Cláudia Freitas, especialista em acolhimento ao aluno.

Segundo a especialista, todas as queixas feitas por crianças e adolescentes devem ser investigadas e quando a escola não toma providências mesmo estando ciente do fato, é preciso recorrer à Justiça.

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"Toda queixa precisa de um olhar muito cuidadoso. Quando essa queixa existe, precisamos tratar dela e não pensar primeiro que se trata de uma mentira. O que acontece é que socialmente temos um olhar muito atravessado para crianças e adolescentes, enxergando esse grupo como inferior, incompleto. É preciso mudar essa perspectiva do olhar", disse.

Como nem sempre as crianças e adolescentes conseguem falar abertamente sobre o assunto, Cláudia afirma que, além de estimular o diálogo, os pais e responsáveis devem ficar atentos aos sinais em casa, como o isolamento, a falta de apetite e o sentimento de tristeza que não passa.

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