Ele foi preso em fevereiro e condenado, este mês, a 75 anos de prisão
O coordenador de uma escola estadual, identificado como Luciano Teixeira Levati, de 38 anos, foi condenado a 75 anos e 7 meses de prisão por constranger sexualmente estudantes de uma escola pública da Região Norte do Estado. Ele foi preso em fevereiro acusado de oferecer até R$ 600 aos alunos em troca de sexo, em Rio Bananal.
De acordo com o Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), a sentença foi publicada no último dia 14 de setembro. O caso tramitou em segredo de Justiça por envolver adolescentes, conforme estabelece a lei. Além disso, durante todo esse tempo, o réu permaneceu preso para procedimento da instrução processual e não poderá recorrer em liberdade.
Conforme a denúncia ajuizada pelo MPES, o coordenador escolar aproveitou-se do cargo para constranger nove estudantes da instituição em que atuava, com o intuito de obter favorecimento sexual.
"Além de abordar as vítimas pessoalmente na escola, ele utilizou um aplicativo de mensagens de telefone celular. Entretanto, pessoas que trabalhavam no local conseguiram ver e fotografar, no computador utilizado pelo coordenador, as mensagens de cunho sexual enviadas. Dessa forma, denunciaram os fatos à direção da escola, que, por sua vez, informou a polícia", diz o MPES.
Durante o depoimento na delegacia, em fevereiro, o acusado chegou a confessar o crime e disse ainda que não tem controle sobre seus desejos sexuais. O caso passou a ser investigado quando os alunos vítimas de assédio, do sexo masculino, com idade de 15 a 17 anos, procuraram a Polícia Civil para denunciar o crime.
O Conselho Tutelar de Rio Bananal também acompanhou a investigação, segundo informações do delegado responsável, o titular da Delegacia de Polícia de Rio Bananal, delegado Fabrício Lucindo.
De acordo com a Polícia Civil, o coordenador chamava os adolescentes por meio de redes sociais para marcar os encontros, mas os adolescentes que denunciaram disseram que os encontros não chegaram a acontecer.
Na casa do condenado, a polícia apreendeu o celular, que deve ser periciado para saber se, além de aliciar os adolescentes, o investigado também enviava e recebia fotos das vítimas.