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Tráfico no ES

Justiça nega pedido de liberdade a um dos advogados presos por favorecer tráfico no ES

Alvos de uma operação do Ministério Público do Espírito Santo (MPES), dez advogados foram presos na manhã desta sexta-feira (04)


Foto: Divulgação / Ministério Público

Dentre os dez advogados presos na última sexta-feira (04) por facilitação ao tráfico de drogas, um deles, Davi Dickson Meroto Lamas Pereira, já teve negado o pedido de liberdade pela Justiça capixaba, por decisão do desembargador Adalto Dias Tristão.

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O Habeas Corpus com pedido liminar pedia a imediata transferência do réu para prisão domiciliar, mediante tornozeleira eletrônica "ou qualquer outra medida cautelar alternativa à prisão, ante a inexistência de sala de estado maior, bem como diante da Penitenciária de Segurança Média 1 não possuir instalações condignas de um membro da Ordem dos Advogados do Brasil".

Na decisão do magistrado, constou, no entanto, que ao analisar apenas a condição de advogado e a necessidade de prisão em local condigno e salubre, "não vislumbro notórias irregularidades hábeis, num primeiro momento, a atentar contra sua saúde. Ademais, destaco que não tenho como decidir em sede de liminar questão dessa magnitude", afirmou a autoridade judiciária.

Entenda

O MPES pediu a prisão preventiva de 11 investigados, um deles não foi localizado. O documento obtido pelo jornalismo da Rede Vitória aponta que a relação dos advogados investigados com alguns criminosos "ultrapassa o vínculo meramente profissional".

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Por meio de interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça, o Ministério Público conseguiu identificar os suspeitos e a participação deles no esquema. Segundo as investigações, os advogados tinham um grupo no WhatsApp para facilitar a troca de informações.

Quem são e qual o papel tinham os advogados investigados

MARCO AURÉLIO DE SOUZA RODRIGUES: Ele tinha, segundo o Ministério Público, atuação de destaque no setor jurídico da facção PCV. Marco teria sido recrutado para atuar na transmissão de recados no interesse do grupo criminoso, funcionando como mensageiro entre os faccionados que estavam nas unidades prisionais e em liberdade ou foragidos, viabilizando a gestão das atividades criminosas da facção, mais especificamente para o tráfico de drogas. Marco não foi localizado nesta sexta-feira e, por isso, continua solto.

DANIEL FERREIRA DE SOUZA: Segundo o Ministério Público, sua função era transmitir os recados no interesse da organização criminosa PCV. Os investigadores chegaram a essa conclusão após analisar os dados extraídos do aparelho celular do denunciado.

MATEUS CANIZIO MARINHO DE OLIVEIRA: Ele participava, segundo o MPES, das comunicações entre os integrantes soltos e presos, auxiliando e beneficiando as atividades ilícitas do PCV.

DAVI DICKSON MEROTO LAMAS PEREIRA: De acordo com o MPES, transmitia ordens ilícitas (mensagens de conteúdo criminoso) entre os integrantes da facção PCV.

THATIANE DOS SANTOS SILVA: Segundo o Ministério Público, ela participava de forma ativa das comunicações entre os integrantes soltos e presos, auxiliando e beneficiando as atividades criminosas do PCV, registrando que no desempenho de funções dessa natureza, viabiliza a gestão das atividades criminosas da facção, com especial destaque para o tráfico de drogas.

MAYCON NEVES REBONATO: Aderiu ao setor jurídico do PCV valendo-se da sua posição de advogado, para atuar como mensageiro entre os membros da organização criminosa e os faccionados que permanecem em liberdade ou que estão foragidos, aponta a denúncia apresentada pelo MPES no pedido da prisão.

GUILHERME NUNES MORAES: Tinha como função, segundo o MPES, transmitir recados entre criminosos, viabilizando a gestão das atividades criminosas da facção, com especial destaque para o tráfico de drogas e emprego de armas.

ESTER MORAIS DIAS: O MPES aponta que, com base nas investigações, Ester atuaria na transmissão de recados no interesse do PCV por meio de "catuques" — bilhetes/cartas escritos geralmente a próprio punho por presos ou mesmo narrados por presos e escritos por advogados — encaminhados durante a troca de mensagens entre os advogados.

Outro lado

O Folha Vitória não conseguiu contato com as defesas dos advogados investigados. O espaço permanece aberto caso queiram se posicionar.

A Ordem dos Advogados do Brasil no Espírito Santo (OAB-ES) também foi procurada, mas até a publicação não tivemos retorno. A reportagem será atualizada assim que recebermos um posicionamento.

Folha Vitória

habeas-corpus trafico advogados regionales

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